Retrospectiva | Produção científica da universidade em 2025 impulsionou a inovação, fortaleceu o desenvolvimento social e econômico e ampliou o diálogo com a sociedade
A Pesquisa de Percepção Pública de CT&I no Paraná (PPC&TI), lançada em setembro pelo Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – NAPI Paraná Faz Ciência, relevou que os cientistas de universidades ou institutos públicos de pesquisa são a fonte de maior confiança para os paranaenses. E em 2025, os pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) contribuíram em larga medida para o desenvolvimento científico e tecnológico do estado e do país em todas as áreas do conhecimento.
Muitas dessas produções foram levadas para os eventos do próprio NAPI Paraná Faz Ciência, que tem entre seus integrantes vários pesquisadores da UFPR. Na Feira de Cultura Científica e na Mostra de Ciência e Tecnologia, os projetos apresentaram suas atividades a estudantes de escolas públicas. Entre eles estavam o FiBrA: Física Brincando e Aprendendo, o Projeto Escola de Surf Comunitária de Pontal do Sul e o Projeto MedEpiGEn: Desenho de Estratégias de Medicina Preventiva para o Perfil Genético-Epidemiológico da Síndrome Metabólica. O estande da UFPR esteve entre os mais movimentados, aproximando a comunidade do conhecimento produzido na instituição.
Essa aproximação com a sociedade também se reflete em pesquisas desenvolvidas em 2025, que buscaram impactar de forma mais direta a população, como o cultivo de robalos em gaiolas por pesquisadores do Grupo de Estudos em Piscicultura (GEPeixe) da UFPR. Coordenado pelo professor de Engenharia de Aquicultura do Campus Pontal do Paraná, Fabiano Bendhack, o projeto integra pesquisa acadêmica e extensão para atender demandas ambientais, econômicas e sociais, contribuindo para a sustentabilidade dos recursos naturais e a geração de renda no litoral do Paraná, já que a pesca do robalo é um dos principais sustentos de famílias de comunidades litorâneas.
Na área de informática, pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) desenvolveram um sistema de comunicação para campanhas do SUS, em parceria com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde. O sistema promete otimizar as campanhas de saúde e fortalecer o vínculo entre os agentes de saúde e a população, buscando melhorar o acesso à informação e o monitoramento das relações com os usuários do SUS.
No mês de março, a UFPR e a Sanepar firmaram um convênio para um projeto pioneiro no monitoramento de aquíferos. Membros do Laboratório de Pesquisas Hidrogeológicas (LPH) estarão à frente da ação que vai desenvolver ações para segurança hídrica, para conservação e restauração do meio ambiente e promoção da saúde.
Em abril, pesquisadores da UFPR ligados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Observatório das Metrópoles participaram de discussões sobre a revisão do Plano Diretor de Curitiba. Além de apresentar as pesquisas desenvolvidas no INCT, o grupo promoveu fóruns de discussão sobre o processo, aproximando a população de Curitiba da política de desenvolvimento urbano das cidades.
O ano de 2025 também teve registros de patentes de tecnologias saídas de pesquisas desenvolvidas na universidade, o que garante exclusividade de exploração econômica e o caráter de inovação. Entre elas estão um biossensor óptico eficaz para detectar anticorpos contra a Covid-19, um fertilizante ecológico criado a partir de resíduos de cascas de ovo e um avanço no setor aeroespacial com um novo modelo de motor de turbina que melhora eficiência e segurança de aviões a jato.
No campo das Ciências Jurídicas, Sociologia e Economia, pesquisadores da Clínica de Direito do Trabalho (CDT) lançaram em junho um livro com dados inéditos sobre o trabalho plataformizado. A obra traz análises críticas e novos dados sobre essa forma de trabalho em crescimento no Brasil, inovando ao trazer pela primeira vez uma estimativa sobre o número de trabalhadores sob controle de plataformas digitais no Brasil.
Em julho, a UFPR conquistou a aprovação da criação de três novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), que garantiram um investimento de mais de R$ 34 milhões para o desenvolvimento de pesquisas de alto impacto em áreas estratégicas para o Brasil: o Biotecmar – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Engenharia e Bioeconomia Marinha Sustentável; InovaLigno: Inovação em Biorrefinaria de Materiais Lignocelulósicos e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biotecnologia de Precisão Aplicada à Interação Planta-Bactéria-Ambiente.
A segunda edição do prêmio Jabuti Acadêmico teve três finalistas da UFPR e da Editora UFPR, revelados no mês de agosto. O professor André Luís Vignatti, do Departamento de Informática conquistou o primeiro lugar da categoria Ciência da Computação com o livro “A Máquina da Natureza: uma perspectiva cronológica da ciência da computação teórica”. Também representaram a universidade entre os finalistas duas obras da Editora UFPR: “Manicômio judiciário: a reclusão disfarçada de cuidado”, de Thiago Bagatin, atualmente professor do curso de Saúde Coletiva da UFPR Litoral, na categoria Psicologia e Psicanálise; e “As mulheres famosas”, com tradução de Adriana Tulio Baggio, na categoria Tradução.
Já em setembro, o destaque foi a inauguração de uma planta piloto de produção de hidrogênio renovável no Centro Politécnico. A iniciativa é resultado da Chamada Pública da Copel GeT de 2023, na qual a UFPR foi contemplada em primeiro lugar, recebendo recursos do P&D Copel-Aneel. A proposta é usar o biogás gerado em uma estação de tratamento de esgoto para produzir hidrogênio renovável de baixa emissão de carbono.
No mês de outubro, os casos de intoxicação por metanol mobilizaram o trabalho dos pesquisadores do Laboratório Multiusuário de Ressonância Magnética Nuclear da UFPR, que foi um dos grupos que esteve realizando a análise de bebidas alcoólicas após de intoxicação pela substância. A testagem era gratuita e estava disponível para toda a comunidade externa, e o método rápido teve grande repercussão.
Na reta final do ano, a UFPR ainda apresentou novas variedades de cana-de-açúcar pelo Programa de Melhoramento Genético. As instituições federais de ensino são responsáveis por mais da metade das variedades de cana-de-açúcar plantadas no país, e as novas pesquisas impulsionam ainda mais o setor.
2025 foi um grande ano para a produção científica da Universidade Federal do Paraná, e o portal da UFPR trouxe nessa retrospectiva apenas algumas dessas iniciativas. Em 2026, os pesquisadores da instituição continuarão seu trabalho em busca do desenvolvimento social, econômico e tecnológico, em diálogo constante com a comunidade.
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