Doença autoimune é um problema em certas regiões do Brasil, mas ainda é pouco conhecida
A programação científica da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) teve início nesta segunda-feira (24), com a conferência da professora do Departamento de Genética da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maria Luiza Petzl-Erler, que também é fundadora do Laboratório de Genética Molecular Humana (LGMH) e do grupo de pesquisa Imunogenética, iniciativas que, entre outros assuntos, pesquisam o pênfigo foliáceo endêmico (PFE).
A doença autoimune ocorre devido a um mau funcionamento do sistema imunológico, levando o corpo a atacar os seus próprios tecidos, o que provoca bolhas na pele das pessoas afetadas. A condição também é conhecida como “fogo selvagem”, devido à sensação de queimadura que as bolhas causam, principalmente quando se rompem e deixam feridas pelo corpo todo.
Na conferência, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (24), Maria Luiza apresentou a doença, ainda pouco conhecida até mesmo pelo auditório que acompanhava a palestra e relatou as pesquisas realizadas por sua equipe e alguns dos resultados alcançados.
O pênfigo foliáceo acontece de forma endêmica em algumas regiões, principalmente do centro da América do Sul. As pesquisas indicam que ela está relacionada a vários fatores, incluindo condições genéticas de suscetibilidade, fatores não genéticos acentuadores e, principalmente, um elemento ambiental desencadeador.
Esse último pode estar associado a infecções virais, substâncias químicas, radiação ultravioleta, queimadura, alimentos, entre outros. Apesar de esforços realizados há décadas para tentar compreender quais fatores ambientais realmente sãos os responsáveis por desencadear a doença, ainda não se tem uma resposta concreta.
“O fator ambiental desencadeador é necessário, porém não suficiente. A maioria das pessoas aparentemente é resistente a seu efeito. Apenas as pessoas geneticamente suscetíveis adoecem de fogo selvagem”, afirma a pesquisadora.
É nessa linha, da investigação genética, que reside o estudo de Maria Luiza. “Nas duas últimas décadas, passamos a investigar o efeito da expressão gênica na doença. Com essa estratégia, descobrimos novos fatores de suscetibilidade. Os resultados de nossos estudos contribuem para o desenvolvimento de novas estratégias de diagnóstico, prevenção e tratamento, e na identificação de marcadores da doença”.
Maria Luiza Petzl-Erler foi a primeira entrevistada da série que a Ciência UFPR está promovendo com conferencistas da UFPR integrantes da programação da 75ª Reunião Anual da SBPC. Confira a entrevista completa aqui.
Consulte aqui a programação científica do evento.
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