É visando cumprir estes objetivos, que a Coordenadoria de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Paraná está trabalhando com dois novos projetos: “Transição Agroecológica em Agricultura Familiar na Região Metropolitana de Curitiba e Litoral do Paraná” e “Educação Continuada para Professores de Ensino Fundamental dos Municípios do Litoral Norte do Estado do Paraná”.
O primeiro, voltado aos pequenos agricultores conta com recursos do CNPq – Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica que sempre financiou projetos de pesquisa, mas pela primeira vez financia atividades de extensão universitária. Sob a coordenação da PROEC, envolve a Escola Técnica e o Setor de Ciências Agrárias. A idéia é avaliar as práticas tradicionalmente usadas pelos agricultores e suas famílias, e introduzir novas tecnologias de produção ao mesmo tempo em que capacita os profissionais do Serviço de Extensão Rural da EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, possibilitando a continuidade do projeto no nível local depois que a atividade de extensão esteja concluída.
“Nós iniciamos o projeto em março e vamos prosseguir com ele até março de 2006”, explica Marlene Ferreira Gomes Mortagua Walflor, gerente de programas e projetos de extensão da PROEC. “Os recursos, no total de R$ 111mil, incluem o custeio das bolsas dos acadêmicos envolvidos. Para executar os trabalhos temos uma parceria com laboratórios da Secretaria da Agricultura, o que nos garante, além dos recursos do CNPq, a ajuda de profissionais e equipamentos, com o uso racional dos recursos disponíveis. Todo o planejamento é conjunto e prevê deslocamentos semanais para três propriedades selecionadas em Morretes, Antonina e Cotinga, no litoral, e mais uma em Colombo. É nessas propriedades modelo que fazemos toda a demonstração e as pesquisas. Vamos testar novas tecnologias em agroecologia e produção agroindustrial.”
Serão envolvidas mais de 1,2 mil pessoas entre estudantes, professores, profissionais das instituições apoiadoras e pequenos produtores. O resultado é conseguir fazer uma transição da chamada agricultura química para a agricultura agroecológica, cuidando desde o solo e suas doenças até a produção final com o equilíbrio ecológico do meio ambiente.
Professores – Centrado em Antonina e Guaraqueçaba, o projeto que prevê a educação continuada de professores é dividido em três subprojetos: Professores de Ensino de 1ª a 4ª séries (em parceria com a Prefeitura Municipal), Professores de Classes Multiseriadas (também com as prefeituras) e Professores de 5ª a 8ª séries (feito em parceria com a Secretaria Estadual de Educação).
“É um projeto coordenado pela professora Miriam Agelucci e que tem recursos do MEC no valor de R$ 80mil”, esclarece Marlene. “É uma continuidade de uma ação que já tínhamos iniciado em 2004. Além de capacitar os professores também vamos trabalhar com a produção de material didático e assessorias, atuando em todas as áreas do conhecimento e dando ênfase às atividades culturais.”
Assim como o projeto na área de agroecologia envolve outros setores da universidade, o projeto de capacitação de professores conta com a participação dos setores de Educação, Ciências Biológicas, Ciências Sociais e Ciências da Terra, com todas as áreas da Licenciatura. “O professor recebe toda a parte de conteúdo da área específica do conhecimento, além das técnicas de ensino”, diz Marlene.
O projeto que só termina em outubro deste ano envolve 12 docentes e 20 acadêmicos bolsistas. O público é formado por mais de 1600 alunos e pelo menos 150 professores do ensino fundamental.
“É um momento importante porque conseguimos exercer a prática da interdisciplinaridade”, conclui a gerente. “A extensão não acontece se não trabalharmos vendo o homem inserido num contexto. E isso pode ser proporcionado com as diferentes áreas do conhecimento da universidade atuando juntas.”
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Fonte: Vivian de Albuquerque
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