As sensações que 400 pacientes que realizaram consultas médicas ou fizeram exames no Hospital do Idoso Zilda Arns, em Curitiba, sentiram e que gostariam de sentir no ambiente hospitalar, vão ajudar a determinar as emoções evocadas por diferentes sons (paisagem sonora) em ambientes de serviço. A pesquisa de doutorado em Design da UFPR, estuda a influência do som no bem estar das pessoas. No hospital, foram avaliados desde os ruídos da rua, das conversas, dos aparelhos de televisão, entre outros, como o choro ou brincadeiras de crianças. Para determinar essas emoções, o pesquisador Humberto Costa, com orientação do professor de Design da UFPR, desenvolveu uma ferramenta com 10 emoções positivas e outras dez negativas, que foram selecionadas pelos participantes em uma escala de pouco para muito.
O estudo ainda em desenvolvimento, agora está na fase de análise e quantificação dos dados. A conclusão está prevista para março de 2017, quando será defendida a tese, mas já é possível perceber que há uma predominância por emoções negativas, de acordo com o pesquisador. Humberto Costa acredita que a ferramenta que desenvolveu poderá ser aplicada em diversas áreas de atuação, como empresas, shoppings e outras áreas.
Com base nos resultados, uma das metas é propor soluções de curto, médio e longo prazos para que a influência do som seja mais positiva, destaca o pesquisador. O Hospital do Idoso, no Pinheirinho, em Curitiba, está instalado em uma construção nova e moderna, com boa estrutura física e tecnológica e, por isso, foi escolhido para aplicar a pesquisa. Os participantes do estudo têm entre 45 e 70 anos. Além do som, a pesquisa avaliou também as impressões olfativas,visuais e táteis do ambiente. Parte da pesquisa será apresentada no Seminário sobre Estética e Filosofia da Música (II Sefim), a ser realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, de 21 a 23 de setembro.