Espetáculo ‘Artéria Rara’ encerra trilogia da Companhia de Teatro da UFPR

Entre os dias 28 e 30 de novembro, a Companhia de Teatro da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estreia o espetáculo “Artéria Rara”. A apresentação será no Teatro da Reitoria, com entrada gratuita.

Com 22 integrantes em cena, o espetáculo aprofunda as investigações sobre o corpo e o pertencimento a partir da ideia de trabalho, entendido não apenas como ofício, mas como um campo de tensão entre necessidade e sentido, sonho e urgência, ação e destino. Artéria Rara é o encerramento da trilogia “Pertencimento”, iniciada com Asa Serpente (2023) e Arrebentação (2024).

“Se em Asa Serpente o foco estava nas travessias e deslocamentos, e em Arrebentação nas filiações e nas formas de amar e existir em comunidade, Artéria Rara mergulha na relação entre corpo e trabalho — não no sentido produtivo e funcional, mas como modo de sustentar a vida. A cena se constrói como um organismo vivo, onde o gesto, o som e a palavra se misturam para pensar o que mantém o corpo pulsando. Acredito que em Artéria Rara atravessamos um desafio mais profundo em relação ao tempo, a escuta e a característica efêmera do nosso modo de agrupamento”, afirma Rafael Lohan, diretor da Companhia de Teatro da UFPR.

De acordo com Rafael, a preparação de Artéria Rara teve ao mesmo tempo a lógica da continuidade da trilogia e também de recomeço, pela renovação de elenco que trouxe novos olhares.

“Embora o grupo de intérpretes não seja exatamente o mesmo dos trabalhos anteriores, boa parte das pessoas acompanhou a trajetória da trilogia e carrega suas reverberações. Isso fez com que o processo fosse, de certo modo, uma passagem: quem chegava trazia o olhar fresco do presente, e quem já conhecia os trabalhos e elencos de Asa Serpente e Arrebentação trazia as memórias e camadas deixadas por eles. Assim, a finalização da trilogia se deu num movimento coletivo de escuta, lembrança e reinvenção — uma forma de pertencer que se refaz a cada corpo, a cada encontro”.

A preparação corporal do espetáculo é assinada por Priscilla Pontes, enquanto a preparação vocal foi responsabilidade de Manu Santos. Na direção musical, Nelson Sebastião e Leonardo Gumiero criaram uma paisagem sonora original.

Serviço

Artéria Rara – Companhia de Teatro da UFPR