UFPR se posiciona diante de episódios de racismo e anuncia ações de enfrentamento.

07 junho, 2025
19:34
Por Gabriel Maia
UFPR

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) vem a público reconhecer a gravidade dos episódios de racismo ocorridos recentemente no Prédio Histórico da instituição, envolvendo estudantes e profissionais da equipe terceirizada de segurança. A universidade pede desculpas às pessoas atingidas por essas ocorrências e reafirma seu compromisso com a construção de um ambiente seguro e inclusivo para toda a comunidade universitária.

Consciente de que práticas discriminatórias foram vivenciadas por membros de sua comunidade em um espaço que deveria garantir respeito, equidade e acolhimento, a UFPR expressa sua responsabilidade institucional diante desses fatos e destaca a urgência de respostas efetivas. Esses acontecimentos são incompatíveis com os princípios que regem a universidade, fundada na dignidade humana, na equidade e na promoção de justiça social.

O racismo ocorrido em nossas dependências evidencia que declarações de valores não bastam: é necessário que se traduzam em ações concretas e contínuas. A UFPR assume o dever de enfrentar essa realidade de forma sistemática e incorporá-la às suas políticas e práticas institucionais.

Como parte dessa atuação, foi criado o Grupo de Trabalho de Enfrentamento às Abordagens Discriminatórias em Portarias e por Seguranças da UFPR. O grupo visa discutir, exigir e fiscalizar medidas permanentes de combate ao racismo no ambiente universitário, reunindo representantes da comunidade acadêmica e de órgãos especializados em direitos humanos.

O GT é composto por representantes da Reitoria; da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe); do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab); da Pró-Reitoria de Pertencimento e Políticas de Permanência Estudantil (P4E); da Superintendência de Comunicação e Marketing (Sucom); da Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proad); além dos coletivos Pisco Black, do curso de Psicologia, e Resistência Ativa Preta (Rap) do curso de Direito.

Entre as primeiras ações definidas pelo GT estão: a definição de um canal específico para denúncias de racismo, a exigência de formações antirracistas destinadas tanto às equipes de segurança e portaria contratadas por empresas terceirizadas quanto a servidores da UFPR; a inclusão obrigatória de capacitação em direitos humanos e relações étnico-raciais nos novos contratos de terceirização; o fortalecimento do acolhimento às vítimas de violência institucional, por meio da Política Institucional de Prevenção e Enfrentamento às Violências; e o monitoramento contínuo da eficácia das ações implementadas.

Reafirmamos que a luta contra o racismo é permanente e exige o engajamento coletivo. A UFPR convida toda a comunidade universitária a participar desse processo, junto à equipe do GT, contribuindo para a construção de um ambiente verdadeiramente plural, seguro, justo e inclusivo.

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