Departamento de Medicina Veterinária da UFPR participa de ação de Saúde Única Indígena

05 junho, 2025
17:54
Por Daniel Fonseca
Ciência e Tecnologia

Mutirão de cuidados e prevenção aconteceu na Terra Indígena Rio das Cobras, o maior aldeamento da Região Sul

O Departamento de Medicina Veterinária (DMV) da UFPR esteve na linha de frente de uma grande ação em prol das saúdes humana e animal: um mutirão de cuidados e prevenção na Terra Indígena Rio das Cobras. Localizado no estado do Paraná, trata-se do maior aldeamento da Região Sul, com cerca de 3 mil indígenas espalhados por 13 aldeias.

Entre os dias 26 e 30 de maio de 2025, uma força-tarefa formada pela UFPR em conjunto com a UNOESTE, a UNICENTRO e a Campo Real, entre outras instituições, em parceria com o DSEI Litoral Sul – Polo Guarapuava, realizou vacinação antirrábica e múltipla, desverminação, aplicação de antipulgas e tratamento contra sarna em mais de 600 cães e gatos. Além disso, foram coletadas amostras de sangue de indígenas e de seus animais, para monitoramento de zoonoses. Contou-se, ainda, com o apoio de voluntários do Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD) e profissionais da Secretaria de Saúde de Curitiba. 

UFPR presente em mutirão no maior aldeamento da Região Sul. Fotos: Alexander Biondo

De acordo com o professor de medicina veterinária da UFPR, Alexander Biondo, “essa foi, até agora, a maior mobilização de saúde para pets em contexto indígena no país”. A ação não é isolada: “o Departamento de Medicina Veterinária da UFPR tem trabalhado com populações vulneráveis e seus animais há vários anos, procurando inserir a medicina veterinária dentro da saúde única (saúde humana, animal e ambiental)”, contou o professor.

Mutirão reuniu profissionais de diversas áreas

Na segunda-feira (26), as equipes percorreram as aldeias Lebre e Pinhal; na terça (27), Campo do Dia e Taquara; na quarta (28), Sede do Trevo, Vila Paulista e Missões; na quinta (29), Sede de Rio das Cobras e Encruzilhada; e, na sexta (30), ocorreu o fechamento dos trabalhos com vacinação, análises laboratoriais e uma roda de conversa com lideranças locais.

O professor Biondo conta ainda que as lideranças indígenas aproveitaram a presença das universidades para reforçar algumas demandas importantes, como apoio na perfuração de poços para garantir água potável, segurança nas rodovias que cortam o território e ações para combater o abandono de cães e gatos na região.

O mutirão reuniu profissionais de diversas áreas: enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, médicos do DSEI, biólogos, médicos veterinários residentes da UFPR e voluntários das demais instituições. O esforço foi garantido por uma articulação ampla: vacinas múltiplas, vermífugos, antipulgas e equipamentos adquiridos via emendas parlamentares; 500 castrações já agendadas para julho; 1.000 vacinas antirrábicas cedidas pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (SESA); e até a água em copos, disponibilizada pela SANEPAR.

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