UFPR implementará universidade na África

Há quatro anos Angola é um País sem conflitos internos e está em fase de reconstrução. Para auxiliar nessa ação, já que o País possui apenas uma universidade pública e a educação deve ser base para muitas ações, a UFPR foi convidada a ser parceira no convênio que viabilizará o efetivo início da UNANG – Universidade Nova de Angola cuja constituição não saiu do papel desde 98, quando foi criada, e também da criação da Universidade Pública de Benguela.

O reitor Carlos Augusto Moreira Júnior recebeu ontem a comitiva do governador de Benguela Dulmilde das Chagas Simões Rangel para estabelecer as bases dessa ajuda. Nesta sexta-feira, às 10h30min, o Termo de Cooperação estabelecendo uma série de ações de curto e médio prazo com vistas à implementação das universidades será assinado entre a FUNPAR e aquele Governo. Segundo o reitor, a escolha da UFPR foi feita com base nos trabalhos desenvolvidos pela instituição e pela sua credibilidade. ‘Quando falamos em internacionalização da Universidade não falamos apenas em levar nossos alunos e professores para outras instituições assim como receber alunos e professores. Falamos de ações como essa que demonstram a importância do trabalho desenvolvido na UFPR, que traduz sua seriedade para servir de exemplo para construção de uma instituição de ensino, em outro país.’

Convênio – O acordo que está sendo assinado é fruto de uma solicitação da Fundação Eduardo dos Santos – uma instituição que apóia o governo angolano em atividades voltadas para a educação e saúde. Na reunião que aconteceu na quarta, 03, entre o professor Adelberto Adam, representante da Fundação Eduardo dos Santos e o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior deu-se o pontapé inicial para que esse convênio efetivamente se estabeleça. O projeto que será desenvolvido pela UFPR e que dará forma às instituições angolanas deverá ser entregue em três meses.

Cursos – A solicitação para iniciar a UNANG é começar com 12 cursos: Comunicação Social com habilitações em Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas; Engenharia Elétrica nas modalidades de Elétrica, Eletrônica e Telecomunicações; Engenharia Civil; Arquitetura; Ciências Médicas, com Enfermagem, Nutrição, Farmácia e Medicina/Ondotologia (em Angola os dois cursos são dados em apenas um). ‘Esses são os cursos considerados prioritários para a Fundação’, segundo o professor Adam.

“Nós vamos fazer”, disse o reitor Carlos Moreira. Assessores e professores envolvidos com os cursos solicitados também estavam presentes na reunião para discutir quais as ações e/ou medidas serão necessárias para a possível implementação dos cursos. A diretora da Funpar Lúcia A. Montanhini adiantou que todos os professores participantes da primeira reunião mostraram-se bastante animados pelo desafio que é ajudar Angola. ‘Ajudar o país a construir algo que com certeza vai fazer a diferença. Angola tem apenas uma universidade pública e outras cinco ou seis particulares, que não dão conta de um ensino superior de qualidade’, afirmou a diretora.

Sabe-se, de antemão, que será necessário primeiro conhecer o nível do ensino médio e projetar a partir da realidade diagnosticada um curso de nivelamento e após, a proposta de cursos da UFPR adaptados em seus currículos à realidade angolana.

Pretende-se que o “arranque” da UNANG seja em abril de 2008, mas somente a partir de um convênio devidamente assinado, a UFPR poderá iniciar o devido apoio técnico, plano de infra-estrutura, pedagógico e administrativo, inclusive com o recrutamento de professores, para dar o “start” da nova instituição.

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