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Tutora da UNILA, UFPR assina cooperação com Itaipu

07 outubro, 2008
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Conforme o termo, assinado pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Miguel Samek, e pela vice-reitora em exercício da UFPR, professora Márcia Helena Mendonça, cabe à universidade paranaense adotar as providências para efetivar a implantação e o funcionamento da UNILA.

A Itaipu fica com a atribuição de coordenar os trabalhos e arcar com os custos do projeto básico de arquitetura e engenharia da nova instituição. O Termo de Cooperação Técnica tem vigência de cinco anos. A UNILA deve começar a funcionar, numa fase inicial, já no segundo semestre de 2009.

‘Toda a lógica da colonização dividiu a América Latina, e nossos currículos escolares acabam por acentuar essas diferenças’, observou a professora Márcia Helena Mendonça. ‘A proposta da UNILA é abordar nossas convergências.’

A reitora em exercício explicou que o papel da UFPR como ‘tutora’ da UNILA será mais operacional do que acadêmico. ‘Vamos tornar possível a doação do terreno, o gerenciamento de recursos, a contratação de pessoal, entre outras ações práticas.’

O diretor-geral da Itaipu lembrou que o Brasil está expandindo o ensino superior público, cujo número de vagas havia permanecido estagnado nas últimas décadas. ‘A integração entre os países não pode ser apenas econômica, precisa ser também social e cultural’, declarou Samek.

Membro da comissão de implantação da nova universidade, o professor Carlos Antunes dos Santos, da UFPR, informou que a relação dos cursos a serem ofertados pela UNILA será conhecida, no máximo, em dois meses. ‘Todos os cursos serão marcados pela interdisciplinaridade e pelo prisma da integração’, disse Santos. ‘A UFPR e a Itaipu são parceiras fundamentais, sem as quais a UNILA não existiria.’

Conforme o pró-reitor de Planejamento da UFPR, professor Paulo Yamamoto, o termo de cooperação assinado entre a Itaipu e a universidade tem um caráter ‘guarda-chuva’. ‘Todas as demais ações relativas à UNILA serão feitas através de documentos específicos, a partir deste termo guarda-chuva’, explicou.

‘No momento, já estamos viabilizando a doação do terreno de 40 hectares da Itaipu para a UFPR’, revelou Yamamoto. ‘Na seqüência, vamos viabilizar a contratação de professores e técnicos, além dos processos de licitação.’

Sobre a UNILA

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana será uma instituição bilíngüe (português e espanhol). Metade dos alunos e professores será formada por brasileiros. A outra metade, composta por latino-americanos. O projeto arquitetônico terá a assinatura de Oscar Niemeyer.

Em recente passagem por Curitiba, o professor Hélgio Trindade, ex-reitor da UFRGS e atual presidente da comissão de implantação da nova universidade, citou alguns cursos que possivelmente serão ofertados pela UNILA. Entre eles estariam os cursos de Relações Internacionais, Direito da Integração, História da América Latina, Gestão das Águas, Literatura Latino-Americana e Biologia Interdisciplinar.

Conforme Trindade, os alunos formados pela UNILA prestarão serviço social obrigatório após a conclusão de seus cursos. ‘Trata-se de um exemplo a ser seguido pelas demais universidades públicas brasileiras.’

O projeto de lei que trata da sua criação, de número 2878/2008, tramita no Congresso Nacional desde fevereiro. A proposta prevê a contratação de 250 professores de nível superior e 208 servidores técnico-administrativos. O impacto orçamentário anual é estimado em R$ 3,2 milhões. A meta é chegar a 10 mil estudantes nos cursos de graduação, mestrado e doutorado.

Foto(s) relacionada(s):


A vice-reitora em exercício, professora Márcia Mendonça, ao lado de Jorge Samek, diretor da Itaipu
Foto: Paulo Isidoro


A professora Márcia Mendonça e o diretor Jorge Samek assinam termo entre a UFPR e Itaipu
Foto: Paulo Isidoro

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Fonte: Fernando César Oliveira

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