SBPC: Ciência UFPR entrevista Marco Tadeu Grassi sobre pesquisas no mar da Antártica

26 julho, 2023
10:31
Por Camille Bropp
Ciência e Tecnologia

Conversamos com o professor do Departamento de Química da UFPR sobre os estudos que coordena com o objetivo de entender pontos de encontro e desencontro entre o ciclo do ferro e o combate da crise climática

Entre os ciclos biogeoquímicos essenciais para o meio ambiente, o do ferro talvez seja o menos conhecido. Apesar disso, é um tema relevante entre as questões relacionadas à emergência climática desde o fim da década de 1990. Isso porque a quantidade de ferro nos mares é um fator determinante na população de fitoplâncton, o conjunto de microalgas e cianobactérias que, por fazerem fotossíntese, ajudam a retirar dióxido de carbono da atmosfera, para a qual liberam oxigênio. Por conta dessa dinâmica, muitas teses têm sido formuladas — algumas polêmicas — a respeito de qual papel o ferro poderia ter em planos de mitigação da crise climática.

Uma das linhas de pesquisa do Grupo de Química Ambiental (GQA) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) trata de investigar aspectos do ciclo biogeoquímico do ferro nos mares da Antártica. A escolha tem sua razão de ser, isto é, o fato de o antártico ser ainda um ecossistema com poucas interferências — apesar dos pesares.

“Como estamos falando de uma região bastante remota, é pouco provável que o ferro disponível no oceano austral venha de outras regiões do planeta, sendo ele próprio a principal fonte de ferro, majoritariamente”, afirma o professor Marco Tadeu Grassi, coordenador do grupo no Departamento de Química da UFPR.

Grassi coordena outro projeto de pesquisa que busca estudar o comportamento biogeoquímico do ferro no Complexo Estuarino de Paranaguá, região no litoral do Paraná com áreas de Mata Atlântica, baías e manguezais. O objetivo é avaliar a influência das mudanças climáticas sobre os sistemas naturais por meio do que se percebe nos ciclos do ferro e do cobre.

Agora, a intenção é entender o que ocorre na Baía do Almirantado, localidade onde estão a maioria das estações de pesquisa na Antártica.

Leia a entrevista completa no site da revista Ciência UFPR.

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Foto de destaque: Leo Bettinelli/Sucom

Edição 7 - Revista Ciência

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