Inovadora. Esta é a forma como a Universidade Federal do Paraná resolveu receber seus alunos neste novo ano letivo. Contrário ao que se fazia, de uma aula inaugural única e institucional, com a presença de um convidado especial, este ano cada Setor organizou com seus cursos de graduação a semana de recepção aos calouros. Dentro da programação, o início das atividades foi com uma aula inaugural específica da área.
Neste momento, as presenças do reitor Carlos Moreira Júnior ou da vice-reitora, Maria Tarcisa Silva Bega foram especiais e levaram aos acadêmicos a visão da importância e do papel da universidade pública no país. Inserida na fala dos dirigentes da instituição, esteve a questão da aplicação de políticas afirmativas, com a inserção das cotas no processo seletivo.
Para o reitor, o sucesso da aplicação das cotas é um sinal de que a Universidade está efetivamente se abrindo para a sociedade e cumprindo seu papel social de receber também aqueles que eram excluídos. “Temos realizado diversas ações que buscam fazer desta universidade um espaço aberto e mais democrático. Tenho plena convicção de que as cotas sociais e raciais ampliaram a inserção da instituição na sociedade e permitiram que muitos daqueles que sonhavam em estar em um curso de graduação agora podem realizar este sonho”, expôs o reitor. Para ele, esta democratização permite que a UFPR seja realmente um espaço de diversidade e de discussão. “Nunca a Universidade passou por uma mudança como esta.”
TROTE HUMANO
A diversidade também veio acompanhada por uma conscientização maior por parte de veteranos que tem aproveitado o momento da semana de recepção aos calouros para promover ações mais cidadãs.
No 0800 64 38 377 – disque trote abusivo, tem recebido muitas ligações. Mas 99% são ligações para pedir informações sobre a própria semana de recepção, do que para fazer denúncias de abusos no trote. Os poucos registros tem sido trabalhados nas comissões de cada Setor, verificando se a denúncia procede e tomando as medidas necessárias para encerrar a questão.
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Fonte: Patricia Favorito Dorfman
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