Projeto de museu no Hotel Tassi dá prêmio internacional a estudantes de arquitetura da UFPR

15 julho, 2024
07:38
Por Camille Bropp
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Ensino e Educação

Guilherme Pinheiro e Amanda Hashimoto inscreveram no Aerogel Architecture Award 2024 um plano de transformação do sobrado histórico abandonado no Centro de Curitiba

Uma dupla de estudantes do penúltimo ano da graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ficou entre os vencedores do Aerogel Architecture Award 2024, dedicado a projetos criativos com eficiência energética e uso de materiais de aerogel superisolantes. O prêmio organizado pelos Swiss Federal Laboratories for Materials Science and Technology (Empa), com apoio de fabricantes da área, está na quarta edição e teve seus vencedores divulgados na sexta-feira (12).

Para concorrer na categoria estudante, Guilherme Pinheiro e Amanda Sayuri Hashimoto propuseram adequar o prédio do antigo Hotel Tassi, no Centro de Curitiba, para abrigar um museu sobre a sua história.

Transformado em museu, o antigo Hotel Tassi, no Centro de Curitiba, teria suas paredes originais preservadas mesmo com a deterioração. Imagens: Guilherme Pinheiro e Amanda Hashimoto/Divulgação

A edificação de alvenaria de tijolos localizada na Rua Barão do Rio Branco, número 823, foi inaugurada no final do século XIX. Depois de ampliada em mais um andar, abrigou hotéis até a década de 70. Nessa época a Estação Ferroviária foi desativada, prejudicando o fluxo de hóspedes do hotel.

O prédio passou por um incêndio em 1990 e foi tombado na mesma época. Hoje é um dos sobrados que está sem uso nos arredores da Praça Eufrásio Correia.

“O Hotel Tassi é um dos primeiros hotéis de Curitiba e tem uma história que acompanha a história da cidade. Hoje ele está abandonado em um lugar muito privilegiado, o que é uma ótima oportunidade para tentar trazer a importância desse edifício de volta”, explica a dupla.

Preservação

Os critérios de avaliação do prêmio são eficiência energética, originalidade de solução e, no caso de patrimônio cultural, preservação da aparência da edificação.

Pinheiro e Hashimoto focaram em preservar as marcas do edifício curitibano, inclusive as que mostram os efeitos do incêndio. Para isso, o aerogel, que é um sólido de baixas densidade e condução térmica, ajudou na criação de estratégias que garantissem o aspecto original da edificação, preservando assim as marcas do tempo e da história do edifício.

A ideia dos estudantes é preservar as paredes da edificação, mesmo que deterioradas. Assim, propuseram um sistema estrutural em madeira de produção local que desempenha o papel de ancoragem das paredes do edifício. Também para manter as paredes originais, criaram um sistema de drywall (chapas de gesso) fixado por estruturas independentes, com contato mínimo com a edificação.

O uso do aerogel está no sistema de fachada ventilada, instalada no interior do edifício, para que ele possa “respirar”. Funciona assim: as esquadrias do primeiro pavimento contam com venezianas para entrada de ar frio externo, que circula no interior da fachada ventilada e é expelido como ar quente pelas venezianas superiores do edifício. Assim, pode-se garantir controle térmico por meio do fluxo de ar constante, que também evita pontos de concentração de umidade.

Para inscrever o projeto, os estudantes contaram com o apoio de Henrique Steffens na modelagem do Hotel Tassi no seu estado atual. A planta se baseou em levantamento realizado por Haline Ledermann, da DeHall arquitetura. Já a fotografia do edifício é de Marcelo Araújo.

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