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UFPR integra o Napi SuperHub Nanotecnologia, lançado nesta quarta (13) pela Fundação Araucária

13 maio, 2020
19:34
Por edhomologa1
Ciência e Tecnologia

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é uma das 18 instituições que integram o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) SuperHub Nanotecnologia, lançado nesta quarta-feira (13) pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. O hub viabiliza investimentos de R$ 1,5 milhão no desenvolvimento de ações na área de nanotecnologia, que será utilizado especialmente na oferta de bolsas para atividades de pesquisa nas instituições participantes.

Além da UFPR, fazem parte da iniciativa as sete universidades estaduais (Uel, Uem, Unespar, UEPG, Unicentro, UENP e Unioeste), as outras federais (UTFPR, Unila e IFPR), os institutos de Biologia Molecular do Paraná, de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e Senai Inovação, bem como a Embrapa Florestas. O evento on-line teve uma  audiência de cerca de cem pessoas, entre pesquisadores e empresários do ramo.

A cerimônia foi transmitida pelo canal da fundação no YouTube. “Esta ação somada aos recursos humanos e à infraestrutura que nossas instituições possuem, trabalhando de forma integrada nesta grande rede, colocará o Paraná como referência na área de nanotecnologia em nível mundial”, destacou o presidente da fundação, Ramiro Wahrhaftig. Também tiveram representantes na cerimônia a Capes, o CNPq, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Fundação Araucária lança Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Superhub Nanotecnologia

Participantes do lançamento on-line: as professoras Graciela Muniz (vice-reitora) e Lucimara Stoltz, ambas da UFPR, e, respectivamente, coordenadora e vice do LCNano; e representantes da Capes, do MCTIC, da Fundação Araucária e de outras universidades integrantes (UEM, Unioeste, IFPR, entre outras). Foto: Reprodução YouTube/Fundação Araucária

A fundação destacou o fato de que, reunidas, as instituições participantes têm potencial desenvolvedor importante, expresso em mais de cem laboratórios, com pesquisadores em níveis que vão da iniciação científica ao pós-doutorado. O objetivo do Napi SuperHub é intensificar as parcerias de forma a alavancar a inovação em nanotecnologia no Paraná.

Ações já consideradas estratégicas são, por exemplo, a busca de soluções para aplicações para grafeno e de criação de novos materiais para baterias de veículos elétricos. Há ainda expectativa sobre o desenvolvimento de plataformas de sensoriamento de condições climáticas e de tratamento de água para o agronegócio. A pandemia de Covid-19 também destacou a necessidade global de diagnósticos rápidos de doenças, salientou o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da fundação, Luiz Márcio Spinoza.

UFPR

Uma das atuações da UFPR na área é por meio do Laboratório Central de Nanotecnologia (LCNano), o laboratório pelo qual a universidade se associou à plataforma Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), do MCTIC, em 2012. O laboratório reuniu em rede os nanocientistas da UFPR e é referência no Paraná na síntese e na caracterização de nanopartículas, assim como nas possíveis aplicações desses materiais, que têm entrada em áreas de alto potencial tecnológico.

A atuação do laboratório já viabilizou mais de 20 depósitos de patente e parcerias científicas com mais de 30 empresas. Os eixos estratégicos do laboratório abrangem desenvolvimento de materiais, aplicações à saúde e às energias renováveis, nanobiotecnologia, caracterização de nanopartículas e avaliação de suas propriedades.

Projetos que mostram a atuação da UFPR em nanociência: métodos para sínteses de grafeno; produção de paineis solares orgânicos; e de nanoquitosana por meio da carapaça de camarão. Imagens: Wikimedia Commons, Marcos Solivan/Sucom-UFPR e Reprodução/UFPRTV

As pesquisas em nanociência da universidade já permitiram o desenvolvimento de novos métodos para obtenção de grafeno e a produção de nanoquitosana por meio da carapaça de camarão.

Outro destaque é a atuação na produção de tintas para células fotovoltaicas de usinas solares.

A professora Graciela de Muniz, que coordena o LCNano e atuará como uma das coordenadoras do Napi SuperHub, avalia que a manipulação de matéria em nanoescala é uma fronteira científica que, se cruzada, será promissora para o desenvolvimento tecnológico e industrial do Paraná. Graciela é também vice-reitora da UFPR.

Perspectivas

Em suas falas, autoridades enfatizaram a capacidade de desenvolvimento econômico e social relacionado ao investimento em nanotecnologia.

À frente da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Senti), Aldo Bona ressaltou que reestruturar um conjunto de ativos tecnológicos existentes nas universidades públicas e privadas, institutos de ciência e tecnologia em uma rede, resultará em uma grande força científica produtiva. “Nos permitirá organizar e planejar os avanços da pesquisa nesta área e os resultados desta pesquisa em fabricação de produtos que possam atender às demandas da sociedade nas diversas aplicações da nanotecnologia”.

O secretário de Empreendedorismo do MCTIC, Paulo Alvin, lembrou que o ministério elencou prioridades em uma portaria recente em que a nanotecnologia figura como uma tecnologia habilitadora. “Isso se deve por seu avanço no conhecimento e por sua transversalidade. Este esforço que vocês estão fazendo no Paraná vem se somar a esta perspectiva do MCTIC”.

(Com informações da Fundação Araucária)

Veja a cerimônia on-line de lançamento aqui

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