O Centro de Estudos de Reumatologia do Hospital de Clínicas da UFPR precisa de voluntários para realizar estudos de novos medicamentos para tratamento do lúpus eritematoso sistêmico e da artrite reumática.
Para participar, os pacientes devem ser alfabetizados, ter mais de 18 anos e estar com a sua doença em atividade. Para diagnosticar suas reais condições, os voluntários irão passar por uma avaliação e explicação detalhada sobre os procedimentos, antes de dar início ao tratamento, que é totalmente gratuito.
O lúpus é uma doença auto-imune, ou seja, o próprio corpo desenvolve auto-anticorpos que agem contra o organismo, podendo até levar à morte.
Esses auto-anticorpos, ao se depositarem nas células, causam diversos males como artrite, quando presentes nas articulações; lesões na pele em áreas de mais exposição ao sol e, em 50% dos casos, insuficiência renal, podendo ocasionar a necessidade de transplante.
Além disso causa vasculite, o que leva à obstrução de diversas artérias do corpo, principalmente nas artérias coronárias e no Sistema Nervoso Central, podendo causar isquemia e AVC.
O médico e coordenador do ‘Estudo de Lúpus Eritematoso Sistêmico’, Sebastião Cézar Radominski, chefe da especialidade de Reumatologia do HC e professor da UFPR, explica que, atualmente, são utilizados medicamentos no controle da doença, mas que causam efeitos colaterais.
A cortisona pode acarretar ganho de peso, diabetes, cataratas, osteoporose, estrias, etc. Já os imunossupressores —como a ciclofosfamida, que também é utilizada no tratamento do câncer— trazem o risco de graves infecções, aplasia da medula, cistite hemorrágica, entre outras. Além disso, atingindo os ovários, pode causar insuficiência ovariana e, conseqüentemente, incapacidade de reprodução.
A Artrite Reumática também é uma doença autoimune que atinge a membrana interna da articulação, chamada membrana sinovial. Esta doença causa uma inflamação crônica desta membrana que pode levar a eroses ósseas e, em estágios avançados, a destruição da articulação causando deformidades. De acordo com Radominski, muitas vezes são necessários próteses totais para substituir uma articulação completamente danificada.
‘Novos medicamentos e o diagnóstico precoce da doença tem modificado este quadro nos últimos anos. Porém nem todos respondem aos tratamentos opostos, daí a necessidade de pesquisar novos fármacos com mecanismo de ação inovadora para estes pacientes não respondentes e impedir o progresso da doença’, garante o médico.
Segundo ele, o que incentivou a realização da pesquisa é a grande dimensão e a pouca atenção dispensada, principalmente ao Lúpus. Só no HC são atendidos, semanalmente, cerca de 30 pacientes portadores da doença. “O Lupus pode ser considerado uma doença órfã no sentido de descobertas de tratamentos”, disse. No Brasil, já faz 30 anos que não é aprovado nenhum medicamento novo para tratar do Lupus.
Interessados em participar da pesquisa podem entrar em contato com Jéssica, das 8 às 16 horas, pelo telefone (41) 9109.6167, de segunda à sexta-feira.
Fonte: Assessoria do HC
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