Sapeco de erva mate (foto ilustrativa)
As diferentes formas de secar a erva-mate foram tema da pesquisa de Jéssica de Cássia Tomasi, engenheira florestal, no doutorado em Produção Vegetal pela UFPR. O trabalho abordou os métodos de secagem tradicionais – que envolvem fumaça – e opções mais modernas, como o micro-ondas. A pesquisa foi orientada pelo professor Cícero Deschamps e realizada com infraestrutura da Embrapa Florestas.
A erva-mate é uma árvore nativa dos estados do Sul do Brasil. As folhas são usadas como matéria-prima para preparar bebidas tradicionais comumente chamadas de “chimarrão” e “tererê”. Entretanto, frente à composição e teor nas folhas de compostos bioativos e nutrientes benéficos para saúde humana, novos produtos à base de erva-mate tanto na linha de bebidas e alimentos, cosmética, entre outros, estão sendo desenvolvidos.
Segundo Jéssica, os métodos tradicionais de secagem são históricos e culturalmente importantes, além de eficientes, principalmente na manutenção da coloração verde das folhas, característica mantida em decorrência da etapa de sapeco (contato das folhas diretamente com o fogo), que inativa as enzimas que causam o escurecimento da matéria prima.
Hoje os processos tradicionais de secagem são divididos em duas linhas, ambas com a etapa prévia de sapeco (conto direto das folhas com fogo e fumaça), sendo: 1- rotativo (as folhas entram em contato com a fumaça) e 2-esteira (sem fumaça). Uma das problemáticas dos processos tradicionais, principalmente o secador rotativo, é justamente a fumaça, que apesar de favorecer um aroma e sabor característico, pode aderir as folhas, deixando compostos nocivos como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e as antraquinonas. Esses compostos são maléficos para a saúde humana.
O objetivo do estudo da pesquisadora foi comparar três métodos alternativos de secagem de erva-mate (micro-ondas, liofilizador e secador) com os dois processos tradicionais (rotativo e esteira) na manutenção do teor dos principais compostos bioativos. Foram avaliados também os nutrientes, a coloração e teor de antraquinona.
A conclusão foi que o micro-ondas é um abordagem interessante a ser aplicada sem perda de final qualidades do produto, o que é importante para os vários setores industriais envolvendo folhas secas de erva-mate (por exemplo, alimentos, bebidas, indústria cosmética). O pesquisador pós-doc do PIPE-UFPR, Gabriel Goetten de Lima, produziu um vídeo resumindo os resultados do trabalho, disponível no link https://youtu.be/gT612I3bZq4).
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