Palmiro Franco, técnico aposentado, recebe o título de Servidor Emérito da UFPR

Palmiro Francisco Franco: a homenagem foi entregue 48 anos depois de seu primeiro contato com a universidade. Foto: Assessoria a Projetos Educacionais e de Comunicação (ASPEC)

Foram os 48 anos de atuação profissional e exercício dedicados à Universidade Federal do Paraná (UFPR) que levaram, em 2022, Palmiro Francisco Franco a receber o título de Servidor Emérito concedido pelo Conselho Universitário (Coun) da instituição, no dia 13 de outubro, por unanimidade. A cerimônia em homenagem e entrega da honraria será em uma  Sessão Pública e Solene, no dia 15 de dezembro, às 19h, no Teatro da Reitoria.

Palmiro foi servidor da carreira de Técnico Administrativo em Educação, ocupando o cargo de Técnico de Laboratório. O aposentado que se distinguiu no exercício da sua função. Ele se destacou pela técnica realizada na preparação de peças anatômicas que estão expostas no museu de anatomia, cursos de extensão para estudantes e outras ações educativas.

Para o recebimento da honraria, os membros do Departamento de Anatomia (DANAT) fizeram manifestações, ressaltando a admirável contribuição e dedicação do servidor para a produção de materiais didáticos anatômicos – vídeos, textos, cartazes, gravuras, slides entre outros. Esses instrumentos foram, e são até hoje, utilizados nas disciplinas ofertadas pelo Setor de Ciências Biológicas. Além disso, é possível encontrar algumas delas expostas no Museu de Anatomia da universidade. 

Imagem produzida pelo servidor . Foto: Palmiro Franco

Um bom exemplo desses materiais disponíveis pode ser encontrado no YouTube, num vídeo de apresentação sobre Anatomia Geral do Corpo Humano, onde o aposentado explica de forma simples e clara, facilitando o entendimento e a memorização com macetes e histórias descontraídas. Acesse aqui para assistir.

Em quatro décadas de ofício, o agora Servidor Emérito produziu inúmeras peças para as aulas de anatomia humana e veterinária, deixando uma imensa contribuição na formação de alunos da graduação e propagação de conhecimento científico. Servidores e colegas de setor destacam que a contribuição de Palmiro se estendeu de forma orgânica na formação dos estudantes. Durante sua atuação na UFPR realizou diversas rodas de conversas, palestras e explicações nos laboratórios.

Além de muito competente como técnico, era autodidata, amável com todos e se orgulhava de seu trabalho, dizendo que é notória a percepção do técnico que levou a vida acadêmica e de serviço público como sua missão, para além de apenas ocupação – seus colegas reconhecem sua contribuição e são gratos por ela.

Servidor Emérito é um título concedido a técnicos que tenham se destacado no exercício de sua atividade, atingindo alto grau de projeção e relevância em sua área de atuação. Foto: Assessoria a Projetos Educacionais e de Comunicação (ASPEC)

Ao deixar a instituição, continuou atuando no ensino privado e foi membro do Conselho Estadual de Distribuição de Cadáveres, órgão do Governo do Paraná, que tem como finalidade direcionar a doação de cadáveres para as Instituições de Ensino Superior (IES), deste modo continuou, ao longo destes anos, a prestar inestimável serviço para o desenvolvimento da educação superior dos mais jovens.

Título

O título de Servidor Emérito é concedido aos professores e técnicos aposentados que, durante a atuação profissional, contribuíram decisivamente para construção do conhecimento na sua respectiva área. É uma forma de reconhecimento dos seus pares ao esforço e dedicação contínua de uma trajetória que vai além da atividade, mas que também a engloba.

Esta é a primeira vez que a comunidade acadêmica encaminha um pedido de outorga de técnico emérito ao Conselho Universitário, honrando a categoria dos técnicos administrativos em educação.

As conselheiras da Coun, Elis Regina Ribas e Eva Dalmolin, contam que ao analisar a manifestação de concessão do título, concluíram que entre os inúmeros modos de transmitir o seu conhecimento à comunidade, Palmiro o fez em diversos espaços da Federal do Paraná. “Principalmente nas semanas acadêmicas e cursos de extensão como o de ‘Aperfeiçoamento em Dissecação, Preparação e Conservação de Cadáveres’”, finalizam.

(Por Felipe Reis, estagiário, com orientação de Simone Meirelles)