A Comissão de Acompanhamento e Controle de Propagação do Coronavírus na UFPR divulgou, neste sábado, a nota técnica que respalda as últimas decisões da gestão institucional de orientar o trabalho remoto para todos os seus funcionários. No documento, os especialistas da universidade comparam medidas adotadas na Itália, na China e na Coreia do Sul com a situação do Brasil.
Segundo o presidente da Comissão, professor Emanuel Maltempi, os pesquisadores acharam importante, neste momento, resumir os dados utilizados para recomendar que a universidade interrompesse seus trabalhos realizados presencialmente. “Estes dados têm de ser confiáveis, por isso usamos sempre dados oficiais, das agências nacionais e internacionais, dados de grandes universidades e também da grande imprensa nacional e internacional”, sintetizou.
O documento também apresenta gráficos da evolução da pandemia nos países, trazendo inferências sobre os números. No caso da China, por exemplo, aponta que “é possível observar que as medidas estritas de quarentena adotadas em Hubei, mesmo já durante o crescimento exponencial da expansão de casos, levaram à diminuição da velocidade de aparecimento de novos casos da COVID-19 ao longo do tempo”.
Por fim, o texto indica que, tendo analisado as estratégias adotadas até agora por diferentes países, é preciso investir em “medidas de distanciamento social e restrição de aglomerações dentro e fora da instituição, incluindo agora a recomendação de realização de atividades remotas por todos os seus servidores”. Além disso, alerta que tais medidas “poderão contribuir para diminuir a velocidade de propagação da COVID-19, especialmente se tomadas precocemente durante o início de possível crescimento exponencial do número de casos confirmados no Brasil”.
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