Licenciatura em Educação Física da UFPR atinge nota máxima do MEC
O curso de licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR) acaba de receber nota 5 do Ministério da Educação (MEC), avaliação máxima da escala de 1 a 5 atribuída pelo Governo Federal. Na última quinta-feira (21), alunos, técnicos e docentes da formação celebraram a conquista com um bolo e o lançamento do novo banner do curso.
A formação de Educação Física da UFPR nasceu em 1939, quando o professor Francisco Matheus Albizú fundou a Escola de Educação Física e Desportos do Paraná, federalizada nos anos 1970. Desde então, o curso passou por várias transformações, acompanhando os principais debates relacionados à área, diz a professora Vera Luiza Moro. Nos anos 1970, por exemplo, ele era majoritariamente técnico, com foco esportivo e biológico. Isso só mudou após uma reforma curricular instituída em 1987, que apresentava às universidades a possibilidade de focar na licenciatura, no bacharelado ou ofertar licenciatura e bacharelado separadamente.
A UFPR passou a oferecer apenas licenciatura e, em 1994, teve a aprovação do bacharelado. Hoje, o aluno ingressa em uma grade comum de dois anos e, ao fim desse período, pode escolher qual das duas habilitações seguirá. Ao longo dessa história, o curso foi ganhando cada vez mais projeção. Entre os avanços, Vera destaca a criação do Programa de Pós-Graduação em Educação Física nos anos 2000 e a inauguração de um prédio próprio no Centro Politécnico, em 2019.
Para Marynelma Camargo Garanhani, que atua no curso desde 1992, o foco no ensino e a capacidade de integrá-lo à pesquisa fomentando uma docência crítica estão entre as chaves da excelência do curso. Segundo a professora, o Departamento de Educação Física sempre esteve envolvido em projetos de formação de professores, como o Programa Licenciar, da UFPR, e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PBID), e tem sido referência em como fazê-los dar certo.
Além disso, desde 2004, os discentes são incluídos previamente em contextos de docência por meio de disciplinas denominadas projetos integrados. “A melhoria da qualidade dos cursos de formação de professores parte da ousadia em criar e implantar saberes e fazeres curriculares inovadores, ou seja, para além da tradição acadêmica”, diz Marynelma.
A coordenadora do curso, Cinthia Lopes da Silva, acrescenta ainda que o reconhecimento do MEC foi fruto de um trabalho coletivo que envolveu tanto o cuidado com as etapas burocráticas até as avaliações docentes, discentes, gestores e Comissão Própria de Avaliação (CPA), sempre colaborativos com todo o processo. O plano agora é resolver questões estruturais, como a conquista de uma piscina própria, mencionada pelo MEC como ponto de melhoria. “Avaliações continuas do nosso currículo e a valorização da licenciatura também são passos importantes para fortalecer nosso curso, que hoje está entre os melhores do Brasil”, finaliza Cinthia.
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Por Lívia Inácio (Aspec/SCB/UFPR)