Estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) se classificaram como finalistas, em janeiro deste ano, no concurso internacional Silos Buenos Aires – organizado pela TerraViva – com o projeto intitulado “Curva”. A ideia do trabalho foi o desenvolvimento de uma proposta de reabilitação da área abandonada dos silos de grãos em Puerto Madero, localizado na capital argentina, com o objetivo de retomar a identidade de um edifício que foi esquecido. Participaram do desenvolvimento os estudantes Alan Melo, Amanda Oliveira, Gabriela Zaruvne, Guaen Lee, Renata Leite e Mateus Tedeschi.
Para a organização da proposta, os alunos precisaram entender o contexto do local onde os silos estão instalados e as necessidades da comunidade que habita nas redondezas, além dos conceitos arquitetônicos mais atualizados e eficientes para a proposta. No total, foram cerca de três meses para a realização de toda a pesquisa necessária.
Como resultado, os estudantes chegaram até o planejamento de um centro cultural artístico que foi apelidado de “Curva”. A ideia é que com ele houvesse uma maior valorização da expressão humana em suas mais variadas formas, seja pela dança, pela música, pela pintura e outros modos de manifestação. “É o movimento corporal que permite as pessoas se comunicarem, trabalharem, aprenderem, sentirem o mundo e serem sentidas. Na sua fluidez, além da rigidez do material que o limita, é no corpo que a arte acontece, onde os sentidos são percebidos e a imensidão do outro – pessoa, objeto ou espaço – encontra a possibilidade de interação”, destacam os estudantes.
O concurso organizado pela empresa TerraViva reuniu diferentes propostas para reviver a área abandonada dos silos argentinos. Os trabalhos apresentados eram tanto de arquitetos quanto de estudantes da área, e foram avaliados por um júri composto por profissionais renomados da arquitetura internacional. “Foi uma grande realização termos sido selecionados como finalistas em meio a tantos projetos a nível mundial, ainda mais sendo a única equipe brasileira premiada entre as participantes. Isso nos inspira a continuar aprendendo e evoluindo em nossa carreira”, contam os alunos. O projeto também foi publicado no Archdaily, um dos portais de arquitetura mais reconhecidos no mundo.
Por Thiago Fedacz, sob supervisão de Simone Meirelles
