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FEDERAL DO PARANÁ

Curso de Turismo da UFPR celebra 40 anos com 1,2 mil profissionais formados e pesquisa em expansão

O curso de Turismo da Universidade Federal do Paraná iniciou na terça-feira (8) as comemorações do aniversário de 40 anos. A celebração aconteceu no complexo da Reitoria e reuniu professores aposentados e atuantes, acadêmicos, servidores técnico-administrativos e egressos do curso.

“Comemorar os 40 anos revela a imensa riqueza dessa trajetória bonita, com a presença de diferentes gerações. Esse curso orgulha nossa universidade e é o resultado de esforços dos que estão aqui e dos que nos precederam. É um momento que deve ser celebrado pelo setor de Ciências Humanas e por toda a UFPR”, destacou o reitor Ricardo Marcelo Fonseca.

A diretora do setor de Ciências Humanas, Lígia Negri, ressaltou as conquistas do curso. “No meio da travessia nos encontramos hoje, comemorando essa efeméride de 40 anos do curso de Turismo, a metade da idade do setor de Ciências Humanas, que comemorou 80 anos esse ano. Esse é o momento de celebrar a consolidação do curso, a criação da pós-graduação, a conquista da casa nova”, referindo-se à mudança do curso para o campus Rebouças, aprovada no início do mês pelo Conselho Universitário.

“Completei bodas de prata com o curso de Turismo. Nesses 25 anos, todos vocês fazem parte do curso e também da minha história. Agradeço a todos, estou muito feliz em ver ex-colegas de curso, ex-professores e ex-alunos”, afirmou Luciane de Fátima Neri, chefe de departamento.

A coordenadora da graduação, Letícia Bartoszeck Nitsche, agradeceu a comissão organizadora do evento, que homenageou ex-coordenadores e ex-secretários do curso. “Foram muitos técnicos, docentes, estudantes, egressos dos cursos de graduação e do mestrado que participaram para que esse momento acontecesse”.

“Hoje é um dia de muita festa, é uma conquista muita importante. Agora, os 40 anos que virão pela frente serão o resultado de conquistas muito recentes que vocês prepararam para fazer os próximos anos ainda mais significativos”, disse Eduardo Salles de Oliveira Barra, pró-reitor de Graduação.

A vice-reitora, Graciela Inês Bolzon de Muniz, lembrou a forte ligação com o curso de Turismo. “Tenho um carinho muito especial pelo curso. Vocês têm toda uma estrada para continuar. Parabéns a todos”.

“Esse é um momento histórico. Ao longo dos anos, nós lutamos para galgar degraus melhores com relação ao curso e o crescimento culminou na criação do nosso mestrado. Uma saudação a todos que fazem parte dessa história”, afirmou o professor Miguel Bahl, coordenador do Programa de Pós-graduação de Turismo.

Professor Mário Carlos Beni recebendo a homenagem do reitor Ricardo Marcelo.
Foto: Leonardo Bettinelli

Mário Carlos Beni, professor aposentado da ECA/USP, foi um dos homenageados da celebração. Beni é membro da Associação Mundial de Formação em Hotelaria e Turismo e presidente do Conselho Nacional da Confederação Nacional de Turismo. “É uma data significativa, a UFPR foi a segunda universidade pública a criar um curso de Turismo. O Paraná teve a vanguarda de perceber a importância do turismo para o país e a necessidade de uma formação superior na área”, lembrou.

Após a solenidade oficial, os professores Beni, Miguel Bahl e os ex-coordenadores Eduardo Manoel Marques Pereira e Deanna Farah participaram de uma mesa de debates.

As festividades do Jubileu de Rubi do curso estendem-se durante o ano, com atividades que serão organizadas pela Trilhas Empresa Júnior de Turismo da UFPR e pelo Centro Acadêmico de Turismo. A programação segue até a realização da 25ª Sepatur – Semana Paranaense de Turismo.

Confira aqui mais fotos do evento.

Logomarca elaborada pela Trilhas Empresa Júnior de Turismo da UFPR.

Evolução em quatro décadas

No ano de 1978, a Universidade Federal do Paraná recebeu os estudantes da primeira turma do curso de Turismo. De lá para cá, a graduação formou cerca de 1 mil e 200 profissionais que atuam em todo o estado do Paraná e em várias regiões do país.

A egressa da primeira turma, Deise Bezerra, já tinha concluído o curso técnico em Turismo e queria seguir carreira. “Quando abriu na Federal não tive dúvida. Tínhamos poucas disciplinas e ótimos professores com experiências de desenvolvimento do turismo na Europa”, conta Deise que é docente da UFPR desde 1995. “O curso passou por ajustes para ser reconhecido pelo MEC – que naquele tempo reconhecia apenas cursos que tinham turmas finalizando”.

Miguel Bahl é o docente do curso em atividade há mais tempo. Formado em 1983 pela UFPR, acompanhou boa parte da evolução do curso. “Iniciei minha carreira docente em março de 1986, tendo sido o primeiro bacharel egresso do curso a entrar como professor. Isso acabou me estimulando a prosseguir estudos e concluir mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo e posteriormente desenvolver estágio pós-doutoral na Universidade de Girona na Espanha”, recorda.

No ano de 1996, o currículo foi modificado para acompanhar as demandas dos estudantes. “O curso sempre buscou atender às necessidades advindas das alterações e circunstâncias do mundo vigente e o turismo é muito afetado pelas mudanças nacionais e globais”, avalia Bahl. “Para ter ideia dessa evolução observo que como aluno cursei apenas 5 disciplinas específicas e posteriormente passamos a contemplar todas as instâncias e segmentos da área. Com isso, gradativamente o corpo docente foi sendo ampliado a partir da entrada de outros professores com formação na área”.

A coordenadora Letícia formou-se pela UFPR em 1998, ano em que foi comemorado o aniversário de 20 anos do curso. “Na época tínhamos apenas três professores formados em Turismo, com o tempo os egressos retornaram como professores, ampliando esse número”, relata a professora que ingressou no quadro em 2008.

O curso de Turismo da UFPR é o terceiro curso mais antigo do Brasil, sendo o segundo entre universidades públicas e o primeiro do estado do Paraná. Atualmente, conta com 210 estudantes e 15 professores. Quarenta e quatro vagas anuais são disponibilizadas.

O diferencial do bacharelado em Turismo, de acordo com o professor Miguel, está em ter um currículo de disciplinas com 30% da carga horária destinada à realização de atividades práticas, de campo ou análogas.

“Outros aspectos se referem a exigir estágio supervisionado, elaboração de projeto com caráter de pesquisa acadêmica e de mercado e de o aluno ter que realizar e/ou participar de atividades complementares à sua formação. Em paralelo também estimula-se que os alunos participem de projetos de pesquisa e de extensão”, afirma Miguel Bahl.

Letícia Nitsche explica que a atuação dos egressos é bastante diversificada. “Temos profissionais em empresas privadas e instituições públicas, em embaixadas, órgãos de turismo municipais, estaduais e federais, e também em áreas correlatas”.

O leque de possibilidades de mercado para o bacharel em Turismo vai desde a área de organização de eventos, hotelaria, alimentos e bebidas, passando pelo planejamento de transportes turísticos, área de lazer e recreação, agenciamento, até o planejamento turístico em áreas naturais e urbanas.

“Vejo que a grade curricular foi se modernizando e busca ampliar a interação com o mercado, cada vez mais tecnológico e inovador. O turismo está deixando de ser uma área de futuro para se tornar uma grande aposta econômica para o Brasil”, conclui a professora Deise.

Formatura da primeira turma do curso de Turismo da UFPR, em 18 de março de 1981, no complexo da Reitoria.
Foto: arquivo pessoal professora Deise Bezerra

Pesquisa e Extensão

Ao longo de quatro décadas, o curso de Turismo da UFPR abriu espaço para diferentes linhas de pesquisa. “O curso procura acompanhar o desenvolvimento da área de turismo, tanto em relação ao mercado de trabalho, quanto em relação às pesquisas. Nossa área acadêmica cresceu bastante”, afirma a coordenadora Letícia. “Hoje temos visão mais ampla sobre a necessidade de trabalhar com a pesquisa, tanto que temos o Programa de Pós-Graduação em Turismo (mestrado) desde 2012”.

As atividades de extensão também são uma marca do curso. Implantado em 1986, o atual programa Agetur: Núcleo de Estudos Turísticos, nasceu originalmente como Agência Experimental de Turismo. O programa abrange projetos como “turismo solidário”, com envolvimento direto da comunidade, e “diálogos com o mercado de turismo”, que aproxima o mercado profissional e a academia.

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