Covid-19: Parceria com CHC-UFPR oferece treinamento de paramentação e intubação de pacientes em hospitais de Curitiba
Treinamento de intubação utilizando modelos de cabeça – foto: arquivo DMI
A UFPR tem sido peça chave para o combate à covid-19 no Paraná por meio do Complexo do Hospital de Clínicas (CHC) em colaboração com o Departamento de Medicina Integrada (DMI) do curso de medicina. A iniciativa já treinou cerca de 400 profissionais de saúde nos procedimentos de paramentação e desparamentação de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e de manejo de via aérea de pacientes atingidos pela nova doença. Atuando também no Hospital do Trabalhador (HT).
A ação coordenada pelos professores do DMI, Akihito Inca Atahualpa Urdiales e Rebecca Saray Marchesini Stival. O treinamento iniciou dia 17 de março no Hospital do Trabalhador (HT) e vem se estendendo desde então com o treinamento de residentes das especialidades clínicas e cirúrgicas, médicos enfermeiros e professores do Hospital de Clinicas da UFPR. O esforço conta com o auxílio do médico cardiologista Rafael Miyazima e do chefe do DMI, professor Anderson Zampier Ulbrich, e dos residentes de clínica médica Melina Paula de Araújo Meskau, João Luis Beber e Nathalia Zorze Rosseto.
O treinamento utiliza equipamentos do Laboratório de Habilidades e Simulação do Setor de Ciências de Saúde que recriam situações reais, reproduzindo o ambiente hospitalar de atendimento ao paciente com covid-19, auxiliando o desenvolvimento das habilidades práticas dos profissionais.
Treinamento de intubação utilizando modelos de cabeça – foto: arquivo DMI
“Com base nas evidências disponíveis, o vírus Sars-CoV-2 é transmitido entre pessoas através de contato, gotículas e aerossóis. As pessoas com maior risco de infecção são aquelas que estão em contato próximo com um paciente com COVID-19 ou que cuidam de pacientes com a doença. É muito importante que os profissionais da área saúde da linha de frente no atendimento sejam capacitados e treinem constantemente sobre as técnicas de paramentação e desparamentação, evitando que haja falha na execução dessas técnicas previne-se a infecção desses profissionais”, destaca Urdiales.
Segundo Stival o manejo de via aérea do paciente com covid-19 tem algumas particularidades em relação a chance de aerossolização, quando partículas líquidas são dispersas no ar, podendo haver contaminação durante este procedimento, o que torna muito importante que o processo de intubação seja feita de forma adequada. O DMI forneceu os modelos de cabeça onde os profissionais podem treinar este procedimento e praticar.
O Hospital de Clínica também forneceu EPIs para os treinamentos. O processo de vestir e retirar estes trajes, chamado de paramentação e desparamentação, deve ser feito de maneira técnica para evitar que o profissional se exponha ao vírus. A unidade concentra uma vasta experiência no desenvolvimento de habilidades clínicas práticas e de simulação no ambiente das instituições de saúde, o que se mostrou essencial no combate à covid-19, dada a alta probabilidade de infecção de profissionais, justamente em um momento em que a capacidade do sistema de saúde será testada nos seus limites e cada profissional afastado fará falta.Outro treinamento oferecido é o de ultrassom para avaliação física mais direta dos pacientes que estão internados em caso grave.
Para Ulbrich é preciso destacar o esforço que os profissionais da saúde vêm tendo para conter a pandemia, aperfeiçoando suas técnicas para melhor atender os pacientes. O professor frisa que todos devem se somar às medidas de cuidado e prevenção, especialmente o isolamento social de todos que não têm necessidade de sair de casa e a quarentena dos que estão com os sintomas da doença ou tiveram contato com quem está.
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Por Rodrigo Choinski
