Foto: stefamerpik/Freepik

Ciência UFPR: Estudo levanta dificuldades de mulheres jovens com câncer de mama

23 outubro, 2025
16:06
Por Camille Bropp
Ciência e Tecnologia

Cuidado com os filhos e prejuízo profissional e financeiro foram destacados por grupo de mulheres ouvidas em Curitiba por pesquisadoras do Grupo de Estudo Multiprofissional em Saúde do Adulto (Gemsa) da UFPR

O rastreamento do câncer de mama com foco em diagnóstico precoce é uma política implementada há 30 anos no Sistema Único de Saúde (SUS), mas um novo perfil de paciente, as mulheres jovens, tem desafiado diretrizes. Dados do Datasus compilados pelo Observatório de Oncologia, da associação de pacientes Abrale, indicam que o número de atendimentos hospitalares de mulheres com menos de 50 anos devido ao câncer de mama tem crescido no SUS. Entre 2012 e 2022 o aumento foi de 44%, seguindo uma tendência crescente de internações em quase todas as idades.

Além de causar reavaliações sobre políticas de saúde — caso da extensão do acesso à mamografia, anunciada pelo Ministério da Saúde no mês passado —, o fato de mais mulheres jovens estarem em tratamento de câncer de mama traz novos impactos sociais. Um estudo do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR) avança nesse ponto ao escutar mulheres sobreviventes de câncer de mama atendidas pelo Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, entre setembro de 2024 e março de 2025.

De uma amostra de 214 mulheres ouvidas pelas pesquisadoras na aplicação de um questionário de padrão internacional sobre necessidades de pacientes com câncer, 75 tinham de 20 a 50 anos — ou seja, cerca de 35%.

Nesse grupo específico os depoimentos revelam que o câncer de mama abalou todo o núcleo familiar devido à dependência do trabalho doméstico e assalariado desempenhado pelas mulheres. A doença pode fazer com que elas sejam demitidas do emprego e, frequentemente, as impede de cuidar dos filhos menores de idade da forma como cuidavam antes.

O perfil mais comum da pesquisa foi o de mulheres casadas, com filhos, ensino médio completo, empregadas e com renda familiar de um a três salários mínimos proveniente de trabalho. Uma parcela delas chefiava as famílias, nem sempre contando com rede de apoio. A maioria tentava conciliar sequelas do tratamento, incluindo dor, com o cotidiano.

Leia a matéria completa, com infográfico de estatísticas, no site da Ciência UFPR

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