O trabalho de conclusão de curso “Rodomapa: Aplicativo de Mapeamento de Rotas com Enfoque em Acessibilidade” foi um dos dois vencedores do 5º Prêmio Design Tomie Ohtake. O projeto foi desenvolvido pela estudante de Design Gráfico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Daniella Onishi, sob orientação da professora Juliana Bueno. O resultado foi divulgado no dia 16 de maio, durante a exposição dos cinco projetos selecionados.
O 5º Prêmio Design Tomie Ohtake teve como proposta a busca por soluções inovadoras para enfrentar os desafios do cenário político, cultural e socioeconômico atual. O tema deste ano era “Conviver”, cujo desafio para os estudantes de graduação e recém-formados era apresentar propostas de habitabilidade e de possibilidades de ação. Neste ano, 99 projetos foram submetidos por 135 autores. Apenas cinco foram selecionados para serem produzidos e dois levaram o prêmio.
O “Rodomapa” desenvolvido pela estudante da UFPR é um aplicativo de mapeamento de rotas com foco em acessibilidade. Por meio dele, pessoas com algum tipo de deficiência ou mobilidade limitada podem encontrar trajetos mais adequados para acessar espaços da Rodoferroviária de Curitiba. O aplicativo oferece narração de áudio e outros recursos tecnológicos para acessibilidade: “Viajar deveria ser para todos, mas muitos lugares não estão equipados com recursos de acessibilidade suficientes”, destaca Onishi.
A escolha de desenvolver um produto voltado para o acesso aos espaços da rodoferroviária surgiu a partir da percepção da estudante em diferentes situações: “Percebi que problemas na sinalização dos locais, ausência de pisos táteis em espaços importantes da rodoferroviária como guichês e banheiros eram recorrentes”, afirma. Por meio de entrevistas com passageiros que são afetados por esses problemas, a aluna optou pelo desenvolvimento do aplicativo para que pudesse ser utilizado pelos próprios usuários do local.
O projeto foi selecionado pela organização do evento de premiação como um dos contemplados para ser exposto no 5º Prêmio Design Tomie Ohtake. A partir disso, Onishi recebeu um investimento de R$6 mil reais do instituto organizador e orientações para desenvolver um protótipo do seu aplicativo: “Quando fui informada que fui uma das selecionadas para expor no 5º Prêmio Design, não acreditei no início. Estava concorrendo com projetos incríveis e selecionaram apenas cinco dos 99 inscritos, então pra mim foi uma enorme surpresa”, conta.
De acordo com a orientadora da ganhadora, Juliana Bueno, o trabalho da aluna se destaca pelo olhar empático e inclusivo: “Ela se preocupou em experienciar a rodoferroviária com pessoas que têm especificidades diferentes e que poderiam vir a interagir com o aplicativo, como idosos, deficientes visuais ou com baixa visão, por exemplo”, afirma.
Após o resultado da premiação, Daniella Onishi acredita que o tema de acessibilidade na tecnologia ganhará mais visibilidade. Para ela, o prêmio simboliza o reconhecimento de uma união que fez a ideia acontecer: “Ter ganhado o prêmio foi emocionante, estou até agora sem acreditar. Para mim, ele carrega um pouco de cada um que me ajudou com este projeto, visto que ele foi pautado em muitas entrevistas e contato com pessoas”, destaca.
A ideia é que o protótipo seja aperfeiçoado para que possa estar na palma da mão dos usuários da Rodoferroviária de Curitiba. Para isso, os próximos passos são melhorar o aplicativo e averiguar quais são as possibilidades de implementação.
Por Thiago Fedacz, sob supervisão de Bruna Soares
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