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Ações formativas integram nova proposta do Festival de Inverno da UFPR

Renovação do Festival de Inverno começa pela formação de professores - Foto: Marcos Solivan

O 24º Festival de Inverno da UFPR começou oficialmente no sábado (19), mas o vai-e-vem entre Curitiba e Antonina tem sido intenso desde fevereiro. Cerca de dez professores universitários percorreram inúmeras vezes os 77 quilômetros que separam as duas cidades para se encontrar com educadores das redes municipal e estadual de ensino da cidade litorânea. As “formações entre mestres” fazem parte da nova proposta do evento: estar cada vez mais integrado com a comunidade antoninense.

A relação entre Antonina e a UFPR vem firme desde a primeira edição do Festival de Inverno, em 1991. No final de 2013, contudo, surgiu a necessidade de estreitar os laços. Em reuniões da Universidade com associações de bairro, grupos artísticos e folclóricos, direção das escolas e representantes da comunidade de forma geral, as formações de professores surgiram como um novo caminho a ser explorado.

A Pró-Reitora de Extensão e Cultura, professora Deise Picanço, explica que o trabalho formativo envolveu avaliação, estudo e proposição de atividades para o Festival de 2014. “O Festival não é um pacotinho pronto que a Universidade leva até Antonina e as pessoas participam como espectadores. Estamos tentando construir uma via de mão dupla na organização” conta.

Segundo a professora, as ações de renovação serão contínuas, e as formações de professores são o primeiro passo para a renovação do Festival – que completa 25 anos em 2015. A ideia é que o Festival se torne um momento de socialização, confraternização e planejamento de novos projetos, e não apenas um momento passageiro de entretenimento. “Para o futuro, existem demandas que já foram levantadas e outros professores da Universidade entusiasmados com a ideia, querendo trabalhar também. A sinergia entre as duas comunidades (Antonina e UFPR) é muito grande”.

Brincadeiras tradicionais são resgatadas durante o Festival de Inverno - Foto: Marcos Solivan

Parcerias
A professora Simone Rechia, do Departamento de Educação Física da UFPR, é uma das lideranças das formações. Com auxílio dos alunos-bolsistas do Grupo de Estudos e Pesquisa em
Lazer, Espaço e Cidade (Geplec), que coordena há dez anos, trabalhou o tema “Lazer e Cidade” em suas idas à Antonina.

Partindo de uma estratégia colaborativa, o Geplec expôs conceitos teóricos e sugeriu que os professores pensassem os espaços públicos de lazer no Brasil, nas capitais e por fim em Antonina. Os pontos levantados resultaram em dois projetos a serem realizados durante e depois do Festival: a revitalização dos espaços públicos, proposta pelos professores estaduais; e a retomada de brincadeiras tradicionais da cidade, proposta pelos professores municipais.

Simone e o Geplec não são novatos de Festival: em diversas edições desenvolveram atividades na praça central de Antonina. Colocando sua experiência com o evento na balança, a professora afirma que essa nova linha de ação contribui para o sentimento de pertencimento da comunidade ao projeto do Festival como um todo. “A UFPR precisa dar visibilidade à produção própria da cidade. É o principal passo para um trabalho mais potente do Festival” defende.

Problemas
Como toda nova ideia, as formações esbarraram em dificuldades. A professora do Departamento de História da UFPR, Nádia Gonçalves, enfrentou grande desistência dos educadores de seu grupo de trabalho – apenas três ficaram até o fim. Nádia aponta o dia dos encontros como principal dificuldade. “Eu fiquei com a rede estadual, que não conseguiu incluir as atividades na grade regular dos professores. Então os encontros aconteceram aos sábados, e muitos não podiam frequentar” explica.

Mesmo assim, as três educadoras que persistiram conseguiram concluir uma proposta de atividade para o Festival: a mostra “Histórias e Memórias sobre Antonina”. Nádia não sabe se o projeto vai vingar nesse período, mas acredita que a iniciativa vai crescer e expandir ao longo do tempo.

Visite a página do 24º Festival de Inverno da UFPR ou acompanhe as atividades no Facebook.

 

Por Giulia El Halabi

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