É o que atualmente investiga o projeto ‘Ambiente Saudável – Qualidade do Ar em escolas da cidade de Curitiba’, coordenado por Ricardo Godoi, professor do departamento de Engenharia Ambiental.
O pesquisador acaba de ver aprovado um apoio para o projeto: receberá R$ 9.745,50 do Fundo de Desenvolvimento Acadêmico para adquirir os equipamentos necessários ao monitoramento da qualidade do ar em três escolas de Curitiba. Ele explica que as escolas foram escolhidas a partir de dados georeferenciados que identificaram a região de Tatuquara, em Curitiba, como uma das que mais gerou internamentos por doenças respiratórias nos últimos cinco anos em um hospital infantil referência na cidade.
Para relacionar os problemas respiratórios à qualidade do ar, a pesquisa é interdisciplinar: envolve dois alunos da Iniciação Científica em Engenharia Ambiental – que executam a parte das medições químicas – uma mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente (HC)- que faz avaliação da capacidade respiratória das crianças com exames de espirometria, e um aluno de Engenharia Ambiental que trabalha com o georreferenciamento das internações hospitalares. Todos são orientandos do Professor Godoi, que ressalta a interdisciplinaridade das áreas como fundamental para a exequibilidade do projeto.
Nas escolas, as medições químicas são realizadas com amostradores passivos: pequenos tubos absorvedores são afixados nas paredes da sala de aula e capturam algumas substâncias circulam no ar. Este mesmo princípio é utilizado em amostragens individuais: o amostrador passivo é fixado na roupa do aluno ou utilizado como um colar, monitorando a inalação desses gases ao longo do período de amostragem. ‘Trocados a cada sete dias, mostram a presença de várias substâncias como SO2, NO2, HAc, Hfor, O3 e Btex. O material particulado total é monitorado através de medidas diárias, enquanto que um impactador inercial é utilizado para se conhecer o tamanho das partículas que têm potencial para se depositar nos alvéolos das crianças’, explica o pesquisador.
‘Avaliando todos esses tipos de gases, poderemos sugerir ações para reduzir ou minimizar seus efeitos’, diz Godoi, salientando que a efetividade das futuras ações poderá produzir resultados úteis para outras escolas. Os dados coletados agora nos meses de maio e junho serão somados a outras coletas realizadas em novembro e dezembro do ano passado. Assim a avaliação também estabelecerá a influência dos fatores climáticos, cujas condições são diferentes no verão e no inverno.
Um termo de confidencialidade assinado com as escolas (duas públicas e uma particular) e as secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Educação do município, restringe a divulgação do exato local e nome das escolas avaliadas nesta etapa do projeto. Após a coleta, as amostras serão analisadas em um laboratório na Universidade Antuérpia, Bélgica, parceiro do pesquisador. A pesquisa deverá estar concluída até o final do ano. ‘Crianças são 30% da população mundial, mas 100% do nosso futuro’, expõe o professor, salientando a importância de pesquisa.
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Fonte: Leticia Hoshiguti
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