UFPR outorga título a professores eméritos em noite de homenagem, aplausos e emoção
Uma noite de memórias, histórias e muitos aplausos – assim foi a sessão solene do Conselho Universitário (Coun) que outorgou os título de Professor Emérito aos docentes Antonio Salvio Mangrich, Fábio de Oliveira Pedrosa, Marcelo Iacomini e Sebastião Amaral Machado. A solenidade reuniu os homenageados, seus convidados e a comunidade universitária nesta terça-feira (24), na programação do 1 º Festival UFPR.
Sessão solene reuniu membros do Conselho Universitário para outorgar títulos de Professor Emérito (Fotos: Marcos Solivan/Sucom)
O título de Professor Emérito é concedido aos pesquisadores que, na sua atuação profissional, contribuíram decisivamente para construção do conhecimento na sua respectiva área. É uma forma de reconhecimento dos colegas ao esforço e dedicação contínua. Somados, os homenageados já publicaram mais de 1.170 artigos em revistas nacionais e internacionais, levando o conhecimento produzido na universidade para diversas regiões do país e do mundo.
A carreira dos docentes tem muito em comum: são dezenas de parcerias internacionais, centenas de orientações, entre mestrados, doutorado e iniciação científica e uma particular vocação para a ciência. A principal diferença está nas suas áreas de estudo: Mangrich se dedica à Química e foi um dos responsáveis pela criação do Programa de Pós-Graduação em Química, que tem o conceito de excelência da Capes. Pedrosa é agrônomo e dedica a carreira aos estudos das bactérias que fixam nitrogênio. Iacomini estuda estruturas químicas e polissacarídeos, mas também já atuou como ouvidor da UFPR. Já Machado pesquisa a engenharia florestal, com foco, nos últimos 20 anos, a uma espécie nativa de Curitiba.
Da esquerda para a direita: Reitor e professores Amaral, Iacomini, Pedrosa e Mangrich
A solenidade foi além do formalismo e dos protocolos comuns ao ambiente acadêmico. Antes da diplomação, cada homenageado viu sua história ser contada por um colega de departamento. Na trajetória de sucesso narrada a partir dos currículos vastos e cheios de relevância, também houve espaço para a menção aos familiares, gostos pessoais e notas biográficas de cada um.
Sobre Manrich, ouviu-se sobre sua rota de migração de Santa Catarina, para o Rio de Janeiro até chegar ao Paraná; sobre Pedrosa, soube-se de seu talento culinário para fazer o popular “barreado”; sobre Iacomini, contou-se acerca das inúmeras parcerias internacionais; sobre Machado, descobriu-se ser uma unanimidade entre colegas, parceiros de trabalho e afetos.
Em suas falas, os professores agradeceram a homenagem e destacaram seu comprometimento com a pesquisa e com a instituição. Manrich destacou que a UFPR é grande não só por seus prédios imponentes, “mas sobretudo por sua gente”. A vocação da universidade pública foi lembrada no discurso de Pedrosa, que, segundo ele, tem o compromisso de “contribuir com uma sociedade justa e culta”.
Iacomini celebrou as conquistas científicas e administrativas, lembrando que “os resultados obtidos sempre foram demonstrados de forma séria e honesta”. Machado também revelou sua gratidão aos colegas, lembrando que “mesmo aposentado há 20 anos” ainda frequenta a universidade todos os dias.
Durante a diplomação e após as suas falas, os professores foram aplaudidos de pé por colegas, alunos e familiares. Para o reitor Ricardo Marcelo Fonseca, trata-se de um título raro, que, neste caso, premia docentes cuja história se confunde com a da própria universidade. “Nossos homenageados estão praticamente há 50 anos colaborando com essa instituição”, disse. “Vocês fizeram os trilhos aos quais nós todos seguimos depois”.
Saiba mais sobre os homenageados, que foram perfilados para a série “Excelência UFPR”: