Universidades brasileiras formalizam Grupo de Coimbra

Inspirada no ‘Coimbra Group’ ─criado em 1985 e que hoje reúne 38 das principais universidades européias─, a nova associação tem entre seus objetivos ampliar a cooperação internacional em termos de mobilidade, pesquisa científica e reconhecimento de títulos e graus acadêmicos.

‘Vamos estreitar as relações acadêmicas, científicas e culturais tanto com a Universidade de Coimbra, que tem mais de sete séculos de existência, quanto com as demais instituições européias que fazem parte do Coimbra Group’, informa a reitora da Universidade Federal do Paraná, Márcia Helena Mendonça, que participou da assembléia em território português.

Fundada no século XIII, em 1290, a Universidade de Coimbra é uma das mais antigas da Europa.

Aberto a novas adesões, o ‘Grupo de Coimbra das Universidades Brasileiras’ reúne em seu conjunto mais de um milhão de alunos e aproximadamente 90% dos cursos de pós-graduação existentes no Brasil. Entre seus membros estão universidades federais, estaduais e confessionais de todas as regiões do país.

O primeiro passo para a constituição do grupo havia sido dado no último dia 8 de março, quando o reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos, e o então presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, Arquimedes Ciloni, assinaram uma carta de intenções, no Rio de Janeiro.

A assinatura da carta, acompanhada pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, fez parte das comemorações dos 200 anos da transferência da corte portuguesa para o território brasileiro.

Áreas de trabalho

Conforme a professora Márcia Helena Mendonça, reitora da UFPR, a assembléia de fundação do ‘Grupo de Coimbra das Universidades Brasileiras’ aprovou a criação de cinco áreas de trabalho.

As áreas são os seguintes: 1) Estudos doutorais; 2) Mobilidade estudantil; 3) Empreendedorismo, empregabilidade e compromisso social; 4) Cultura, arte e humanidades; e 5) Reconhecimento de títulos e acreditação.

‘A princípio, cada área de trabalho ficou sobre a responsabilidade de uma universidade, que deverá entrar em contato com as demais e organizar atividades durante o ano’, informa a reitora. ‘Todas as universidades do grupo poderão se agregar a quantas áreas de trabalho quiserem, conforme o interesse dos pesquisadores de cada instituição.’

A próxima assembléia geral do grupo, presidido pelo reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Almeida Filho, será em novembro de 2009, em Salvador.

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