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Animais marinhos debilitados são tratados por voluntários do Centro de Estudos do Mar

18 setembro, 2007
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A imprensa tem noticiado vários casos de animais marinhos que chegaram debilitados ou mortos no litoral paranaense neste inverno. ‘Durante feriados e finais de semana o número de pessoas nas praias aumenta consideravelmente, o que aumenta as chances de avistamento destes animais, principalmente no período de inverno e primavera, época da migração sazonal da maioria das espécies com distribuição nas altas latitudes (Uruguai, Patagônia, Antártica) como as baleias franca (Eubalaena australis), as baleias jubarte (Megaptera novaengliae), os lobos marinhos (Arctocephalus australis, Arctocephalus tropicalis) e as aves marinhas como os pingüins de Mangalhães, e os albatrozes (Diomedia sp)’, informa a bióloga Márcia Oliveira, voluntária do Centro de Estudos do Mar.

Ao longo da última década mais de mil animais debilitados foram encaminhados ao Centro Estudos do Mar, mesmo sem haver divulgação ou encorajamento para tal atitude. Devido a esta demanda e a carência de recursos e estrutura, várias pessoas preocupadas com o estado de debilitação dos animais encaminhados a instituição tomaram a iniciativa de por conta própria realizar melhorias na estrutura de atendimento aos animais. Então foi criado o Proamar – Projeto de Reabilitação de Aves, Mamíferos e Répteis Marinhos que recentemente recebeu apoio formal do Ibama. O tratamento, a alimentação e a soltura acontecem graças a contribuições de dezenas de anônimos e ao esforço de simpatizantes, além do apoio da direção do CEM, que oferece a estrutura básica necessária para os atendimentos.

Todos os anos são atendidas, reabilitadas e soltas espécies como o pingüim de Magalhães (Spheniscus magellanicus, o atobá (Sula leucogaster) e o lobo marinho do sul (Arctocephalus australis). De junho a setembro, os casos mais freqüentes são de pingüins que sofrem de contaminação por óleo, desidratação e desnutrição. Os mamíferos aquáticos que freqüentemente são encaminhados ao CEM são os lobos marinhos. Eles seguem a movimentação da Corrente das Malvinas e chegam principalmente no litoral Sul e Sudeste brasileiro, muitos se aproximam das praias e de ilhas à procura de descanso ou devido a alguma debilitação.

“Geralmente a chegada de um lobo marinho causa grande comoção na população. Em casos esporádicos, mesmo sem infra-estrutura para o atendimento e transporte, a equipe do projeto tenta atender aos chamados”, na maioria das vezes por meio de recursos próprios. Todo animal é mantido sob observação e cuidados médicos e dependendo das condições do animal, é transferido para recinto com piscina, para o seu bem-estar, o que ajuda no processo de reabilitação.

Já as tartarugas marinhas, encontradas ao longo de todo o ano, apresentam debilitação relacionada a ingestão de lixo, infecções, mutilações provocadas por captura acidental em redes de pesca, entre outras. “Durante o primeiro semestre de 2007 o PROAMAR recebeu 57 animais, sendo o maior número de atendimentos referentes às aves marinhas, e secundariamente os mamíferos e répteis marinhos”.

Foto(s) relacionada(s):


Voluntárias alimentam lobo marinho no CEM
Foto: Arquivo do CEM


Voluntários dão banho em pinguins no CEM
Foto: Arquivo do CEM


soltura de albatroz
Foto: Arquivo do CEM


Atendimento a tartaruga marinha
Foto: Arquivo do CEM

Fonte: Leticia Hoshiguti

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