Prêmios foram entregues durante cerimônia realizada em Brasília - FOTO: Elisabete Alves/ Ministério da Cultura
Um projeto desenvolvido para alunos do ensino fundamental de escola pública no município de Colombo (PR) garantiu a professores do colégio e à Universidade Federal do Paraná (UFPR) o reconhecimento como uma das melhores iniciativas do país de estímulo à leitura. O Colégio Estadual João Gueno recebeu, na noite desta terça-feira (16), o prêmio nacional VivaLeitura 2014, entregue pelos ministérios da Cultura (MinC) e da Educação (MEC) e pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
Na categoria “Escolas Públicas e Privadas”, a João Gueno venceu centenas de iniciativas inscritas por todo o país. A razão? Observação, compromisso e a convicção de que a leitura pode mudar realidades. A ideia, surgida a partir de observação da professora Érica Rodrigues, ganhou o apoio da Universidade, por meio do projeto de extensão “Ação Integrada pelo Letramento”, em 2012. De acordo com Érica, ao constatar entre seus alunos do sexto ano o desinteresse pela leitura, evidenciou-se a necessidade de encontrar caminhos para motivá-los. Sentiu-se otimista com relação às possibilidades de reconciliá-los com o prazer de ler, não importando sua idade ou nível social.
Com a ajuda das professoras Elisa Dalla-Bona (Setor de Educação) e Lucia Cherem (Departamento de Letras Estrangeiras Modernas), a escola deu início, em 2013, a um trabalho entre seus docentes para maior envolvimento de todos na nova proposta que ali começava. Alunos de graduação e participantes do programa de iniciação científica da UFPR também contribuíram para dar a oportunidade que faltava aos estudantes de Colombo. “O objetivo era criar abordagens pedagógicas adequadas para fazer com que os alunos lessem mais e contribuissem para sua formação cultural, ensinando-lhes a analisar, sintetizar e transferir os saberes para outros domínios, remetendo seus lazeres (restritos à TV e ao bairro carente em que vivem) para outras fontes, como os livros”, explica Elisa Dalla-Bona.
A missão foi cumprida. O interesse pela leitura passou a fazer parte do cotidiano e o despertar para a literatura levou uma autora a querer conhecer pessoalmente esses novos leitores; os estudantes, foram parar na mídia. Matérias divulgadas em TV e jornais mostraram o sucesso da ideia, que, mesmo com muitas dificuldades (inclusive financeiras para aquisição de novas publicações), conseguiu colocar o livro no gosto de adolescentes.
Sobre o Prêmio
O prêmio Vivaleitura integra o Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL) e tem o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Fundação Santillana.
Instituído em 2005, no Ano Ibero-americano de Leitura, o VIVALEITURA foi idealizado com previsão inicial de duração de 10 anos (2006 a 2016). Já foram realizadas seis edições do Prêmio – 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011.
Nesta sétima edição, o Vivaleitura contou com 998 projetos inscritos de todas as regiões do país e concedeu R$ 25 mil a quatro experiências na área de leitura desenvolvidas dentro de quatro categorias: “Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias”; “Escolas Públicas e Privadas”; “Práticas continuadas de leitura em contextos e espaços diversos desenvolvidos pela sociedade”; e “Promotor de Leitura (pessoa física)”. Os trabalhos foram analisados por um grupo de representantes de Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação), MinC, MEC e OEI, além de parceiros do prêmio.
Por Jaqueline Carrara (com informações do Ministério da Cultura)
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