Unila terá biblioteca de referência para América Latina

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) terá uma Biblioteca de referência sobre América Latina. O Projeto de implantação da biblioteca e do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea) – que se incorporará à Unila assim que a universidade for instituída – foi aprovado pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).

Reunido em Assunção, no Paraguai, no último dia 24, o Conselho do Mercado Comum aprovou o projeto apresentado pelo Brasil por um montante de US$,

US$22 milhões de dólares, dos quais US$ 17 milhões são aportados pelo Fundo e US$ 5 milhões pelo governo brasileiro. O presidente da comissão de implantação da Unila, Helgio Trindade, salientou que a solicitação brasileira ao Fundo priorizou a Biblioteca porque não existe no hemisfério Sul nenhuma biblioteca sobre América Latina. “As bibliotecas mais completas sobre a América Latina estão na Universidade do Texas, em Austin/EUA e na Biblioteca Iberoamericana de Berlin”, explicou ele.

Denominada Biunila, a futura biblioteca terá o nome fantasia de Latinitas. Funcionará no mesmo prédio de 13 mil metros quadrados que sediará o Instituto, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Será mais do que um centro de documentação convencional: funcionará como um verdadeiro portal, físico e eletrônico, possível de acessar via internet de qualquer lugar. Todo conhecimento a ser gerado pelas dez cátedras que o Imea ofertará no próximo semestre será sistematicamente disponibilizado nesse sistema. Para o professor Hélgio, a Latinitas materializará já de início a vocação internacional que a Unila terá em razão da sinergia entre a biblioteca e o Instituto, localizado na região trinacional em Foz do Iguaçu.

Sobre a Unila – O projeto de criação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana tramita na Câmara dos Deputados e deve ser enviada para aprovação do Senado na sequência. Funcionará a partir de agosto com a oferta de cursos bilíngues (português e espanhol) de graduação e pós-graduação. Terá metade do alunado formado por brasileiros e metade por oriundos de outros países da América Latina. Também o critério de contratação de professores deverá seguir essa proporção. As atividades do Instituto começam no dia 9 de agosto.

Foto(s) relacionada(s):