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Único hospital do PR que faz implante coclear em crianças e adultos pelo SUS, HC é referência na área

04 março, 2016
10:50
Por
UFPR
FOTO: Samira Chami Neves/ACS

O Hospital de Clínicas foi pioneiro na cirurgia no Paraná pelo SUS, que foi realizada pela primeira vez em 2011 e é totalmente custeada pelo Sistema Único de Saúde. FOTO: Samira Chami Neves/ACS

O Hospital de Clínicas da UFPR, maior complexo hospitalar público do Paraná, comemora uma importante conquista: é o único hospital do Estado que realiza o implante coclear em crianças e em adultos com cobertura total – do diagnóstico ao tratamento – pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O implante é um aparelho colocado na cóclea, estrutura da orelha interna de pacientes que sofrem de surdez severa ou profunda.

Na próxima segunda-feira (dia 7), a partir das 7h30, um novo paciente será submetido à cirurgia, conduzida pela equipe do médico Rogério Hamerschmidt,  consultor-técnico do Ministério da Saúde na área de surdez, professor de Otorrinolaringologia do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná e chefe do Serviço de Implante Coclear do Hospital de Clínicas.

HC foi pioneiro

O Hospital de Clínicas foi pioneiro na cirurgia no Paraná pelo SUS, que foi realizada pela primeira vez em 2011 e é totalmente custeada pelo Sistema Único de Saúde. A conquista é importante por dois motivos. Primeiro, porque é uma cirurgia de alta complexidade, que exige instrumentos de grande precisão e tecnologia avançada, além de um corpo clínico altamente qualificado.

Segundo, porque o implante coclear possui custo alto – cerca de R$ 60 mil (R$ 45 mil apenas pela prótese). A cobertura total da cirurgia pelo SUS foi resultado de dez anos de empenho de Hamerschmidt junto ao Ministério da Saúde. “O nosso primeiro pedido para que o SUS custeasse esta cirurgia foi 2001. Conseguimos que isto fosse possível apenas em 2011, mas enfrentamos um longo processo burocrático no Ministério da Saúde”, conta. De lá para cá, foram mais de 50 cirurgias (uma média de uma por mês), todas  custeadas pelo SUS.

FOTO: Samira Chami Neves

FOTO: Samira Chami Neves

Recuperação rápida

Um dos argumentos utilizados pelo médico foi o alto percentual de surdos no Paraná – um caso para cada mil nascimentos entre as crianças. O médico calcula que, em todo o Estado, de três a cinco mil pessoas estão aptas a serem submetidas à cirurgia. Ele opera uma pessoa por mês. O tempo de espera no Paraná é de seis meses – considerado baixo, em comparação a outras cirurgias de alta complexidade realizadas pelo sus.

O implante coclear é uma prótese de titânio implantada na orelha interna  de pacientes que sofrem de surdez total ou parcial.  A recuperação é rápida. O paciente fica apenas dois dias no hospital, mas só começa a ouvir, de fato, 30 A 40  dias após a cirurgia, quando a cicatrização já está concluída e o aparelho é então ligado.

“A eficácia da cirurgia depende da situação anatômica e das características de cada paciente, mas seu resultado é melhor e mais rápido em crianças”, explica Hamerschmidt. A cirurgia que ele conduzirá nesta segunda-feira será a segunda em menos de trinta dias; a última foi no último dia 28 de fevereiro.

Por Aurélio Munhoz

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