Iniciativa com foco em reservatórios hidrelétricos avança no desenvolvimento de produto nacional
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é parceira da Copel na criação de um kit para análise rápida da qualidade da água, com foco inicial em reservatórios hidrelétricos. O projeto, iniciado em 2025 e com término previsto para 2027, é a continuidade de uma colaboração iniciada em 2012, por meio do Laboratório de Toxicologia Celular, vinculado ao Departamento de Biologia Celular da UFPR.
O trabalho atual integra o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Copel, regulado pela Aneel, e busca transformar metodologias desenvolvidas no projeto anterior em produtos aplicáveis no mercado. A Equalys Solutions, startup incubada na UFPR, será responsável pela produção das tiras e biomoléculas utilizadas nos kits, enquanto a Preddata atua na fabricação dos dispositivos eletrônicos de leitura.
“A UFPR participa do desenvolvimento das biomoléculas e das fitas de teste. A fabricação e comercialização dos kits são atribuições da Equalys e da Preddata”, explica o professor Ciro Alberto de Oliveira Ribeiro, responsável pelo laboratório.
Os kits têm como objetivo detectar a presença de microcistina – uma cianotoxina comum em ambientes eutrofizados – e metais tóxicos em amostras de água. A inovação está na criação de um produto nacional, de baixo custo e com possibilidade de uso direto em campo, sem necessidade de coleta e envio a laboratórios.
Segundo o professor Ciro, os testes devem ser “precisos e sensíveis o suficiente para atender à atual legislação brasileira para controle de qualidade de água”. A etapa atual do projeto envolve a produção das biomoléculas e a adaptação dos protótipos dos kits. Após validação em laboratório, o material será testado em campo antes da entrada no mercado.
Participam do projeto três professores da UFPR, três pesquisadores em pós-doutorado e um estudante de mestrado, todos vinculados ao laboratório. A previsão é que, após atender à demanda da Copel, os kits sejam disponibilizados para órgãos ambientais, empresas de saneamento, setor industrial e agronegócio.
“A metodologia pode ser adaptada para detectar outras classes de poluentes, o que amplia as possibilidades de aplicação em diferentes setores”, afirma Ribeiro.
A Equalys surgiu ao final do primeiro projeto, a partir da atuação de um pós-doutorando e da experiência do laboratório em avaliação da qualidade da água. A formalização ocorreu por meio do projeto Catalisa ICT, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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