Assim como havia feito na sexta-feira da semana passada (dia 4) em relação aos estudantes que invadiram o prédio da Reitoria, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR também notificou as diretorias do Sinditest e da APUFPR a desocuparem o imóvel no prazo de 24 horas, contados a partir da quarta-feira, 09 de setembro.
Representantes da APUFPR, do Sinditest e do comando de greve dos alunos em atividade dentro do prédio invadido na reitoria
O motivo da notificação deve-se ao fato de diretores das duas organizações sindicais estarem participando de atividades no prédio público federal invadido, inclusive terem promovido assembleia conjunta no prédio da Reitoria ocupado há nove dias. A entrega do prédio deverá ser feita na presença de servidores da PRA, mediante registro fotográfico para a verificação das condições em que se encontra o imóvel.
Prejuízos à comunidade
Por causa da invasão, a administração da UFPR não conseguiu efetuar, no quinto dia útil de setembro, o pagamento de bolsas estudantis, colaboradores eventuais, fornecedores e prestadores de serviços terceirizados. Além disso, todas as bolsas estudantis de responsabilidade da Universidade sofrerão atraso, inclusive as de atleta, cultura, extensão, iniciação científica, monitoria, PROBEM, SIBI e 100 anos, entre outras.
Outro prejuízo refere-se ao repasse de verbas e auxílios para apresentação de trabalhos e participação em eventos científicos. Finalmente, a invasão impede o cumprimento de compromissos com os fornecedores e as empresas responsáveis por prestadores de serviço, como funcionários do Restaurante Universitário, da vigilância, da limpeza e da manutenção, não poderão ser honrados.
Abuso do direito de greve
O reitor em exercício da UFPR, Rogério Mulinari, reitera que a administração da Universidade respeita profundamente o direito de greve e de livre manifestação do pensamento da comunidade universitária. Mas entende que esse direito converte-se em abuso e em ilegalidade quando prejudica seriamente a própria comunidade por meio do desenvolvimento de atos irregulares – a invasão de um prédio público e o impedimento de que os colaboradores da UFPR possam executar tarefas que se destinam à própria comunidade, incluindo cumprimento de pagamentos de subsistência.
“Na medida em que participam da invasão da Reitoria, o Sinditest e a APUFPR são igualmente responsáveis pelas consequências desse ato. Por isso, suas diretorias foram notificadas sobre os riscos de sofrerem as implicações legais do ato. A Reitoria da UFPR jamais será complacente com atos que prejudicam não apenas a comunidade universitária, mas a própria sociedade”, conclui Mulinari.
Notificação entregue ao Sinditest
A APUFPR, após tomar conhecimento do teor da notificação e levar quase 30 minutos discutindo como proceder, decidiu não receber o documento. Afirmou que vai recebê-lo somente pelo correio, mediante AR (Aviso de Recebimento). No Sinditest, quem recebeu o documento foi o próprio advogado.
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