O reitor Zaki Akel Sobrinho e a professora Graciela Bolzon de Muniz da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação participaram na manhã de segunda-feira (19) no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, da solenidade de lançamento do Sistema Brasileiro de Nanotecnologia, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo é alavancar as pesquisas nesta área no País. O lançamento foi conduzido pelo ministro Marco Antônio Raupp. A UFPR é uma das instituições integrantes do projeto e vai receber R$ 1,1 milhão para investir em laboratórios, para que pesquisadores de outros centros e também de empresas possam desenvolver novos produtos.
Além da UFPR, integram ainda o projeto a Universidade de Campinas, a Embrapa de São Carlos e a Universidade Federal de Minas Gerais, entre outras.
Na UFPR serão ofertadas pesquisas e assessoria técnica nas áreas de física, química, engenharia florestal e microscopia eletrônica, medicina e farmácia, envolvendo 20 pesquisadores. Ainda este mês a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação realiza um seminário na Federação das Indústrias, para explicar o programa aos empresários paranaenses e ofertar os serviços disponíveis. “É a empresa que vai dizer o número de horas que deve utilizar os laboratórios e os estudos que deseja desenvolver”, explica Graciela.
Para a coordenadora há diversos pontos positivos da Rede Sisnano. Primeiro porque o pesquisador deixa de trabalhar de forma isolada e passa a atuar em rede. Depois passa a conhecer o que outros estudiosos estão fazendo e ainda deverá colocar a UFPR como uma das instituições avançadas na área de nanotecnologia. A instituição começa a despontar em nanocelulose. Apenas nos últimos dias foram apresentadas cinco pesquisas, três de doutorado e duas de mestrado, tornando a UFPR pioneira nesta área.
“O Brasil demorou para estudar a nanotecnologia e agora precisamos manter um ritmo acelerado para não perder para outros países, porque é um futuro que já chegou”, destaca a coordenadora do Sisnano na UFPR. A nanotecnologia está presente no nosso dia a dia, nos chips dos celulares, nas cirurgias cada vez menos invasivas, nos medicamentos. Em muitos casos em vez de tomar diversos comprimidos ao dia, o paciente já toma apenas um, porque há partículas que vão liberando substâncias benéficas à saúde, graças ao avanço da nanotecnologia.