Ações de divulgação científica da UFPR são apresentadas em encontro internacional na Espanha

12 abril, 2024
16:29
Por Carlos Rocha
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Ciência e Tecnologia

As atividades de divulgação científica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foram apresentadas, esta semana, no 1º Encontro Internacional de Divulgação Científica, Saúde e Impacto Social, encerrado hoje (12/04) em Madri, Espanha. O evento, que começou segunda-feira, dia 08/04, teve a participação de 11 universidades da Europa, África e América Latina, entre elas três brasileiras, a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) e UFPR (Universidade Federal do Paraná), além de representantes do Ministério da Saúde do Brasil. 

Cartaz de divulgação do evento.

O encontro foi organizado pelo CREAV (Centro de Produção de Conteúdos Audiovisuais e Digitais para a Pesquisa e Docência) da Universidade Complutense de Madri, sede do evento, e pelo LAIS (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde) da UFRN. O encontro marcou a criação da Rede Internacional de Pesquisa, Comunicação e Divulgação Científica Audiovisual, com a participação das 11 universidades e demais instituições presentes, aberta às demais interessadas. O documento de criação da rede lembra que a pandemia da covid-19 trouxe aos holofotes a grande importância da comunicação científica e que, de fato, a velocidade do progresso científico é vertiginosa e que, paralelamente, a sociedade está imersa em um oceano de informações onde discernir a verdade da ficção se torna cada vez mais desafiador.

“Nesse contexto, temos o compromisso de ser tradutores, mediadores e colaboradores para facilitar o acesso a esse conhecimento em constante expansão, por meio de pesquisas, formação e construção de narrativas que, aliadas a ferramentas digitais e as novas plataformas de comunicação, nos permitam alcançar públicos reais”.

O documento destaca ainda que “a comunicação não pode ser algo secundário, deve estar inserida em todas as esferas da sociedade, em distintas áreas de conhecimento e participante de todo o processo de planejamento e execução”. E que questões atuais, como o advento da inteligência artificial acessível a todos, têm colocado em dúvida o valor de nossa atividade e desempenho.

“No entanto, como profissionais de comunicação já presenciamos e aprendemos a conviver com inúmeros desenvolvimentos tecnológicos que a princípio se posicionavam como verdugos, mas, à medida que fomos conhecendo sua natureza, foram convertidos em simples ferramentas úteis para otimizar processos e ampliar o alcance de nosso conhecimento e não para substituir o espírito criador e o intelecto”.

Ao destacar a especificidade da comunicação, o documento faz um apelo: “Exortamos todas as instituições públicas de apoio à pesquisa que compreendam que a divulgação dos resultados da produção científica é uma obrigação social, seja para prestar contas à sociedade dos recursos públicos utilizados como para democratizar e popularizar o conhecimento construído, e que fazer comunicação tem custos técnicos, materiais, de produção, distribuição e circulação e necessita ser feita de maneira profissional e não artesanal. Por isso, é fundamental que cada projeto financiado reserve, obrigatoriamente, uma porcentagem de recursos para a popularização do conhecimento pelos diferentes meios de comunicação e redes digitais”.

“Vivemos hoje numa sociedade cada vez mais midiatizada. Isso significa que uma importante produção científica, assim como um ótimo projeto de extensão, se não estiver na mídia, se não souber aparecer, é como se não existisse”, destaca o professor de jornalismo Elson Faxina, coordenador do grupo de pesquisa Narrativas Audiovisuais e Cidadania.

“A criação da rede é mais uma iniciativa para a construção de metodologias comuns para a pesquisa em comunicação, divulgação e popularização da ciência, além de importante e imprescindível estratégia para promover a cooperação internacional, facilitando o intercâmbio de conhecimentos, experiências e melhores práticas entre pesquisadores dos diferentes países e culturas”, disse a professora Regiane Ribeiro, diretora do Setor de Comunicação, Artes e Design – Sacod e coordenadora da Agência Escola de Divulgação Científica – AE, e pelo professor e pesquisador em comunicação Elson Faxina.

Foto: Divulgação.

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