
A psicóloga Teresa Daros Szöllösi atua no Setor de Ciências Agrárias
Entrar na universidade é o primeiro passo de uma jornada que muda a vida dos estudantes. Muitos enfrentam problemas para administrar essas mudanças. Para ajudá-los, a Universidade Federal do Paraná conta com profissionais de psicologia. A psicóloga Teresa Daros Szöllösi é uma delas. Atuando exclusivamente no Setor de Ciências Agrárias, ela atende os estudantes há quase três anos. Ao todo, foram mais de 800 consultas em 30 meses. “As questões trazidas pelos alunos envolvem aspectos individuais, mas também aspectos coletivos da turma, do curso, do setor e da própria sociedade”, explica ela.
Os atendimentos podem ser individuais, para discutir problemas específicos do aluno com a família, questões econômicas e sociais que influenciam na saúde e interferem no desempenho acadêmico. Há também grupos de trabalho. Por exemplo, para ajudar os estudantes com dificuldades em acompanhar as aulas, Teresa criou um programa para ensinar como estudar e qual técnica de estudo se adequa melhor ao estilo de memória e atenção de cada indivíduo. São quatro encontros de uma hora cada, com atividades práticas. Como resultados, os participantes normalmente melhoram as notas e se integram mais à turma. Para participar, basta encaminhar e-mail para tdaros@ufpr.br ou tdaros@yahoo.com.br. Aliás, por estes mesmos e-mails é possível marcar consultas com a psicóloga, sem burocracia e sem passar por nenhuma outra unidade da instituição.
Para apresentar seu trabalho, Teresa ministra palestras nos centros acadêmicos, abordando “Como a universidade pode ajudar em seu projeto de vida profissional”. Ela também participa das semanas de acolhimento aos calouros, colocando o atendimento à disposição dos alunos.
PESQUISA
A psicóloga desenvolveu uma pesquisa, resultado de seu curso de mestrado cuja dissertação se intitula “Reflexões sobre a trajetória socioprofissional e o projeto de vida do egresso graduado”. Teresa analisou os egressos do curso de Agronomia. O trabalho trouxe muitas conclusões interessantes. Como exemplo, revela que somente 45% dos egressos se sentiam com competência técnica para atuar na profissão quando se formaram. Isso quer dizer que as aulas práticas precisam ser reforçadas. Esses e outros dados já foram apresentados aos professores do Setor em reunião de colegiado, destacando a importância do acompanhamento dos egressos para as melhorias internas do curso. Conclusões como esta poderão basear futuras mudanças curriculares que estão sendo elaboradas.