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SBPC Afro Indígena: saberes ancestrais apontam possibilidades de horizontes civilizatórios, afirma pesquisador

Os saberes indígenas despertaram atenção e aplausos do público durante a conferência “Utopias que inspiram esperança e vida em tempos de crise socioclimática”. A programação integra a SBPC Afro Indígena, uma das atividades da 75ª Reunião Anual da SBPC, que tem como intuito colocar em debate temas afro indígenas contemporâneos, além de proporcionar reflexões científicas, conhecimentos tradicionais e éticas em pesquisa de temas afro indígenas, articulados com todo o evento.

Nesta terça-feira (25), o debate foi conduzido por um dos intelectuais indígenas de maior destaque no Brasil atualmente, Gersem José Baniwa, docente do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB). Baniwa contextualizou a crise climática como consequência de atitudes e práticas da humanidade, sendo portanto uma crise social, construída cotidianamente. Enquanto a ancestralidade indígena – fruto de princípios, fundamentos e práticas herdados desde os tempos primordiais – gera modos próprios de vida altamente sustentáveis.

“Os povos indígenas estão neste continente, segundo a arqueologia moderna, há 13 mil anos; tempo em que se desenvolveram complexas civilizações, sem que interferissem significativamente na natureza, sem desiquilíbrio”, destacou o pesquisador. “Cabe a natureza o seu fim, ela se autorregula. Por isso os povos indígenas não acreditam no fim do mundo. É bem provável que, nessa utopia cosmopolítica, o que esteja mais próximo é o fim da espécie humana chamada moderna e pós-moderna”.

Ainda de acordo com Baniwa, os saberes ancestrais apontam possibilidades de horizontes civilizatórios baseados na pedagogia do engajamento para o reflorestamento da vida humana e planetária.

As atividades da SBPC Afro Indígena seguem durante a semana com abordagens sobre a década internacional das línguas indígenas, políticas de saúde, educação antirracista, direitos indígenas no Brasil, entre outras temáticas.

“É uma excelente programação, que garante uma participação mais efetiva de pessoas indígenas e pessoas negras dentro da UFPR, nessa luta que temos por diversificar e transformar a ciência brasileira mais inclusiva em relação a essas populações”, concluiu Paulo Vinicius Silva, superintendente de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade da UFPR e coordenador da SBPC Afro Indígena.

Confira mais sobre a programação da SBPC aqui.

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