Reunião Técnica Anual da Ridesa 2024 acontece na UFPR

23 outubro, 2024
08:41
Por Bruna Soares
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UFPR

Nesta terça-feira (22), foi realizada a Reunião Técnica Anual da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), o principal núcleo de pesquisa canavieira do Governo Federal, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. O encontro, que contou com a presença de pesquisadores das universidades parceiras, teve como objetivo fortalecer as ações da rede.

“O fato de a UFPR, por meio de nossos pesquisadores das Ciências Agrárias, ser protagonista nesta rede ao sediar esta reunião é motivo de orgulho para nós. Como sempre ressaltei ao longo dos anos, isso exemplifica o papel central da ciência nas universidades públicas brasileiras”, destacou o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca.

Reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca em seu momento de fala na solenidade de abertura da Reunião Técnica Anula da Ridesa 2024. Foto: Marcos Solivan

Durante o evento, representantes das dez universidades envolvidas no projeto apresentaram as pesquisas em andamento. “Cada universidade compartilhou suas abordagens para os programas de melhoramento genético, discutindo aspectos como experimentação, logística, gestão de dados e a seleção de materiais genéticos, conhecidos como clones promissores e variedades comerciais cultivadas em suas respectivas regiões”, explicou Ricardo Augusto de Oliveira, coordenador do PMGCA/UFPR.

Foto: Marcos Solivan

O presidente da Ridesa, Josealdo Tonholo, reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), também esteve presente e enfatizou a importância da valorização do programa, destacando a qualidade dos cultivares desenvolvidos e a visão de futuro a médio e longo prazo.

Luiz Cláudio Inácio da Silveira, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), ressaltou que os encontros da Ridesa promovem a integração entre os membros da rede. “Esses encontros possibilitam a troca de ideias e informações técnicas sobre Cronos e variedades potenciais, permitindo que cada um compartilhe suas experiências, o que enriquece nosso conhecimento e melhora as recomendações para o manejo dessas variedades promissoras”, afirmou.

Renato de Carvalho Menezes, da Universidade Federal de Goiás (UFG), comentou sobre o programa desenvolvido na UFG e a relevância de sua participação na Ridesa. “O programa da UFG começou em 2004, e sabemos que a Ridesa possui uma trajetória muito mais longa. Trocamos experiências e identificamos oportunidades de melhorias que podemos aplicar na nossa realidade em Goiás.”

Sobre o Programa PMGCA

O PMGCA/Ridesa da UFPR, vinculado ao Setor de Ciências Agrárias, no Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, iniciou suas atividades em 1991. O programa tem como foco o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar com características superiores, como maior produtividade, resistência a pragas e doenças, e melhor qualidade do açúcar. Saiba mais clicando aqui.

Ricardo Augusto de Oliveira, coordenador do PMGCA da UFPR, enfatizou a importância do intercâmbio de conhecimento e da discussão de novas estratégias de melhoramento genético para atender às necessidades do setor sucroenergético. “As inovações e estratégias que desenvolvemos visam melhorar a obtenção de variedades de cana-de-açúcar”, disse.

Ricardo Augusto de Oliveira, coordenador do PMGCA da UFPR. Foto: Marcos Solivan

A Ridesa busca constantemente novos materiais, ou clones, que sejam mais rústicos, tolerantes a condições de estresse e resistentes a doenças, além de apresentarem características desejadas como alta produtividade e teor de açúcar por hectare.

A rede de pesquisa é estruturada e desenvolve estudos em diversos estados do Brasil. Cada universidade mantém redes experimentais em várias localidades e, quando um novo material se torna uma variedade, a rede inicia a distribuição para parceiros e agricultores, permitindo uma adoção gradual nas áreas de produção.

A UFPR, assim como a Ridesa, desenvolve variedades de cana-de-açúcar e possui a variedade RB 966928, uma das mais cultivadas no Brasil, com mais de 1 milhão de hectares dedicados a essa cultivar. “Essa variedade foi desenvolvida em 1996 e liberada em 2010, completando agora 14 anos de liberação. Estimamos que as variedades da UFPR representam 13% da área cultivada nacional, um número bastante significativo”, afirmou Ricardo Oliveira.

Vale ressaltar que o Brasil é o maior cultivador de cana-de-açúcar do mundo. O país é responsável por uma parte significativa da produção global, utilizado principalmente para a produção de açúcar e etanol. Essa cultura é uma das principais bases da economia agrícola brasileira.

A Ridesa

A Ridesa é uma rede formada por um convênio de cooperação técnica entre dez universidades federais: Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Sergipe, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Mato Grosso, Universidade Federal do Piauí, Universidade Federal de São Carlos e Universidade Federal do Paraná. O objetivo é obter cultivares RB (República do Brasil) de cana-de-açúcar, focando na melhoria da qualidade e da produtividade da cultura, além de fortalecer a integração entre as instituições de ensino e a indústria sucroalcooleira.

Foto: Site da Ridesa

A programação do evento se estenderá até quinta-feira (24).

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