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Representantes do Proifes visitam a UFPR para falar sobre acordo fechado com o governo

Na coletiva na sede da ASUFEPAR, o diretor de relações institucionais do Proifes Eduardo Rolim de Oliveira (UFRGS) e o diretor de imprensa Francisco Jaime Mendonça (UFPE) comentaram que o Fórum consultou quatro mil professores de todo o País antes de fechar o acordo do último dia 20 de março. Com ele, os professores das IFEs poderão ter aumentos que irão variar entre 20% e 65%, dependendo do regime de trabalho, classe e titulação, além do tempo de serviço. Um professor titular, por exemplo, poderá passar de R$ 7.500 para R$ 11.000 até o ano de 2010, tendo em vista que o acordo está sendo firmado para reajustes nos próximos três anos. Serão diferentes etapas que começarão com a incorporação da GAE – Gratificação de Estímulo à Docência ao vencimento básico, o que inclui os professores aposentados; continuarão com um adicional de incentivo à titulação e só terminarão com o acréscimo de uma nova gratificação em substituição a antiga GED – Gratificação de Atividade do Executivo.

“O que haverá é uma paridade da GED que passará a ser igual para professores ativos e aposentados”, esclareceu Eduardo Rolim de Oliveira. “A GAE passa a ser incorporada ao vencimento a partir de fevereiro de 2009. E os aumentos serão retroativos a março de 2008.”

VALORES – Oliveira explica que hoje o vencimento básico de um professor corresponde a apenas 20% da sua remuneração total. Nas diferentes classes – titular, associado, adjunto, assistente e auxiliar – a variação vai de menos de um salário mínimo até R$ 1.700,00. Os outros 80% são decorrentes das gratificações. O último aumento significativo para os professores foi implantado no ano de 2006 quando foi criada a classe dos professores associados e feito um reajuste no valor da GED como resultado de uma longa greve ainda em 2005.

“Até esse último reajuste, todos os demais sempre vieram de uma greve”, comentou Francisco Jaime Mendonça. “Por isso a vantagem deste novo acordo,fechado numa mesa de negociação política com o governo. Nos próximos três anos, teremos um novo espaço para fazer várias outras negociações com a criação de uma mesa contemplando o Governo, o Proifes e a CUT. Também é a primeira vez na história em que vamos começar um ano sabendo o quanto vamos ganhar”, concluiu comentando sobre os riscos de se fazer um acordo para os próximos três anos.

GREVE – A APUFPR, seguindo orientação da Andes já aprovou um indicativo de greve para meados de abril visando reabrir as negociações. “Achamos que a greve é importante, mas que ela não pode ser banalizada”, disse Oliveira. ”Mesmo com o acordo, as associações são livres para adotarem a estratégia que quiserem. Esperamos ainda para março, que só termina no dia 31, a Medida Provisória ou Projeto do Governo autorizando os reajustes.”

NOTÍCIA – Durante a visita a Curitiba, também foi divulgado o último avanço no acordo com o Governo, através do qual os professores de escolas de ensino técnico e colégios de aplicação passarão a ter a mesma remuneração dos professores do ensino universitário. Em todo o País são cerca de 20 mil professores, número que deve ser acrescido em mais 12 mil, com o incremento dos IFETs. No ensino superior são cerca de 83 mil professores.

VISITA AOS SETORES – Ainda na programação dos representantes do Proifes foi realizada uma série de visitas aos diversos setores da UFPR para conversas com os professores sobre o Fórum e sobre as negociações com o Governo Federal. A oportunidade também serviu para a formalização da proposta de um Núcleo Proifes na UFPR aproveitando a atuação dos professores que já trabalham na instituição divulgando as informações do Fórum aos seus colegas.

Foto(s) relacionada(s):


Reunião dos representantes do PROIFES em Curitiba
Foto: Isabel Liviski

Fonte: ACS