Com a colaboração do Setor de Tecnologia
O Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) conquistou duas premiações de destaque no Prêmio Crea-PR de Extensão Universitária, que reconhece os melhores projetos desenvolvidos por instituições de ensino superior do estado. Os trabalhos, de áreas distintas, receberam o primeiro lugar em suas categorias.
Tecnologia para identificar condições do solo
Na categoria Elétrica, o projeto Agricultura de Precisão com Sensoriamento em Sistemas Embarcados (APSSE) foi premiado pelo desenvolvimento de soluções de monitoramento de solo com uso de tecnologia embarcada.
O projeto surgiu na disciplina de Metodologia de Pesquisa do curso de Engenharia Elétrica e foi incubado no Programa de Extensão Iniciativa Startup Experience (ISE), coordenado professor André Bellin Mariano. A APSSE é uma startup que está criando um sistema com sensores e tecnologia embarcada para “ler” as condições do solo. A proposta ajuda produtores rurais a usarem recursos como água, adubo e energia de forma mais eficiente, aumentando a produtividade e promovendo práticas mais sustentáveis.
Mariano destaca que o ISE tem o objetivo de formar talentos e transformar ideias acadêmicas em negócios inovadores de base tecnológica, integrando ensino, pesquisa e extensão em soluções eficientes para diversos setores. “Para o produtor rural, esse projeto representa redução de custos de produção, melhor aproveitamento dos insumos e aumento da produtividade. Para a sociedade, significa mitigação de impactos ambientais, como a diminuição do desperdício de fertilizantes e a redução da emissão de gases de efeito estufa decorrentes do uso excessivo de insumos agrícolas”.
Segundo o professor, iniciativas de extensão como essa são exemplos do potencial transformador da universidade, pois representam uma jornada de aprendizado prático, inovação e impacto social. “Mostramos que a UFPR é um espaço para criar soluções concretas que beneficiam toda a sociedade. O projeto inspira outros estudantes a sonharem alto, arriscarem e colocarem suas ideias em prática, sabendo que contam com um ambiente de acolhimento, capacitação e incentivo para transformar conhecimento em resultado real”, revela.
Caminhabilidade e incentivo ao deslocamento a pé
Na categoria Civil, o vencedor foi o projeto Caminhos de Curitiba: avaliação e promoção da caminhabilidade alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), coordenado pela professora Joice Cristini Kuritza Denck Gonçalves do Departamento de Engenharia Ambiental.
O projeto avalia o quanto as ruas e calçadas da cidade são boas para caminhar com segurança e conforto, observando critérios como largura das calçadas, rampas, sinalização e segurança. O objetivo é incentivar a mobilidade a pé, reduzir a poluição e tornar a cidade mais agradável.
Foram avaliados os caminhos de conexão entre alguns parques e praças da cidade: Parque Barigui até Praça da Ucrania, Praça da Ucrania até Praça Osório, Praça Osório até Passeio Público e Passeio Público até Bosque do Papa. “Esses percursos foram escolhidos pelo número de pessoas que circulam e pela sua importância turística. Além disso, a distâncias entre eles gira em torno de dois quilômetros, distância reconhecida na literatura como adequada para deslocamentos a pé”, explica Joice.
O estudou concluiu que a promoção de ambientes urbanos verdadeiramente caminháveis exige uma abordagem multifatorial, transcendendo a infraestrutura de mobilidade e contemplando, de forma integrada, a segurança, o conforto e a existência de destinos e atividades que incentivem o deslocamento a pé, prática que favorece o uso eficiente do espaço público, reduz a dependência de modais motorizados e contribui para a melhoria da qualidade ambiental.
Para a professora, incentivar o deslocamento a pé amplia a acessibilidade universal, promovendo o direito à cidade para todos, inclusive para pessoas com mobilidade reduzida. “Do ponto de vista ambiental, o estímulo à mobilidade ativa reduz emissões de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa, diminui o consumo de combustíveis fósseis e colabora para a mitigação das mudanças climáticas. Socialmente, fortalece o senso de comunidade, aumenta a segurança pela maior circulação de pessoas nas vias e favorece interações sociais mais frequentes. Além disso, caminhar regularmente previne doenças crônicas não transmissíveis, melhora a saúde cardiovascular e mental, e estimula hábitos de vida saudáveis”, lembra.
Os resultados do projeto serão entregues para a órgãos públicos, ajudando a planejar melhorias. Os integrantes também promoverão ações de sensibilização ambiental nos parques e praças que fazem parte do estudo.
Premiação
O Prêmio Crea‑PR de Extensão Universitária reconhece os melhores projetos de extensão desenvolvidos em universidades paranaenses. Os projetos inscritos são enquadrados nas modalidades Agrimensura, Agronomia, Civil, Elétrica, Geologia e Minas, Mecânica e Metalúrgica, Química e Multidisciplinar. Após a avaliação da Comissão Avaliadora, os projetos são classificados em primeiro, segundo e terceiro lugares, e os vencedores são reconhecidos em evento durante o Fórum de Docentes e Discentes, previsto para 30 de agosto.
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