Atualização: O projeto teve seu financiamento oficialmente aprovado pela Fundação Araucária, conforme resultado divulgado no Ato da Diretoria Executiva (2ª chamada). Com isso, o projeto está apto a iniciar suas atividades conforme o cronograma previsto, entre maio e agosto de 2025
Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) tiveram seu projeto aprovado na 2ª Chamada Transnacional Conjunta da Parceria de Economia Azul Sustentável (SBEP), que busca soluções de baixo impacto ambiental por meio de aplicações de biotecnologia com impacto positivo na vida marinha.
A proposta, que integra o consórcio internacional SEANERGIES – “Cell-cultured octopus production through sustainable marine biomass valorization”, visa desenvolver tecnologias para a produção de carne de polvo por cultivo celular, com uso de biomassa marinha. O projeto receberá apoio financeiro também da Fundação Araucária.
Coordenado pelo professor Rodrigo Luiz Morais da Silva do Departamento de Administração Geral e Aplicada e Programa de Pós-graduação em Administração da UFPR e pela professora Carla Forte Maiolino Molento do Departamento de Zootecnia e Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da UFPR, o braço direito do projeto tem como foco a avaliação dos impactos sociais da transição da pesca tradicional de polvos para sistemas de cultivo celular, especialmente nos contextos do Brasil, Portugal e Itália.
A oportunidade de participação da UFPR no consórcio surgiu por meio do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Proteínas Alternativas, coordenado pela professora Carla Molento e apoiado pela Fundação Araucária, com envolvimento do professor Rodrigo como pesquisador-membro. Foi por meio do NAPI que os professores estabeleceram conexões com parceiros internacionais, especialmente com cientistas da Holanda e de Portugal, culminando no convite para integrarem o SEANERGIES e liderarem um dos grupos de trabalho representando o Brasil.
“Conforme as atividades do NAPI foram sendo ampliadas, passamos a trabalhar em conjunto com alguns cientistas do consórcio em outras frentes, especialmente com pesquisadores da Holanda e de Portugal. Assim, quando o pesquisador João Marques Garcia, professor da Wageningen University e coordenador geral do projeto, decidiu desenvolver a proposta de colaboração internacional, fomos convidados, a Carla e eu, a assumir um dos grupos de trabalho do projeto, representando o Brasil”, disse o professor Rodrigo.
A equipe brasileira será responsável por investigar os impactos sociais da adoção da carne cultivada de polvo como fonte de alimento, considerando aspectos como os desafios da pesca tradicional, o bem-estar animal — especialmente frente à alta cognição dos polvos, e os efeitos sociais e econômicos para pescadores e demais atores da cadeia produtiva. A pesquisa será conduzida por meio de estudos qualitativos e quantitativos, com base nos marcos da transição sociotécnica e da transição justa. Os resultados esperados incluem contribuições para o desenvolvimento de cadeias produtivas mais sustentáveis e socialmente justas, fortalecendo a competitividade do Brasil, especialmente do estado do Paraná.
A chamada envolve 25 países, com apoio da União Europeia, e está vinculada à Década da Ciência Oceânica da ONU. O tema é “Caminhos unificados para uma economia azul com impacto neutro no clima, sustentável e resiliente: envolvimento da sociedade civil, do meio acadêmico, de políticas e da indústria”. O orçamento total é de cerca de 40 milhões de euros.
Foram submetidas 110 propostas de consórcios, das quais 24 foram aprovadas. Seis delas têm participação de pesquisadores de instituições brasileiras, com fomento de fundações estaduais: Fundação Araucária (PR), Facepe (PE), Fapergs (RS), Faperj (RJ), Fapesc (SC) e Fapesp (SP).
O consórcio SEANERGIES reúne instituições de pesquisa e empresas de diferentes países:
Os projetos devem iniciar entre maio e agosto de 2025 e terão duração de até 36 meses, até abril/agosto de 2028. Acompanhe o resultado geral clicando aqui e mais detalhes sobre os selecionados e suas propostas através deste link.
No Brasil, a participação na Parceria de Economia Azul Sustentável conta com o suporte do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). As propostas de pesquisa selecionadas com envolvimento de instituições nacionais receberão recursos das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).
Foto de destaque: Beth MacDonald/Unsplash (meramente ilustrativa)
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