Na próxima quinta-feira, dia 25 de maio, será realizado no Centro Politécnico, Setor de Ciências Biológicas, o lançamento oficial do projeto “TaxonLine – Rede Paranaense de Coleções Biológicas”. O projeto caracteriza-se principalmente pela passagem das informações contidas não apenas na coleção de Moure, mas de outros acervos importantes de outras Coleções, à sociedade científica, através da consolidação da Rede Paranaense de Coleções Biológicas – TAXon line.
O Estado do Paraná possui um histórico bastante rico em estudos que contemplam a biodiversidade, sendo conhecido nacional e internacionalmente por seus pesquisadores, principalmente em taxonomia biológica. Dois dos maiores naturalistas brasileiros contribuíram de forma decisiva para a situação atual das coleções biológicas e o reconhecimento do Estado como uma das forças mais significativas do País em estudos sobre a biodiversidade: Padre Jesus Santiago Moure e Gerdt Guenther Hatschbach.
Padre Moure foi o fundador do Departamento de Zoologia da UFPR em 1938, ano da fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da universidade. Apesar de entomólogo, foi o marco inicial da Biologia Marinha no Paraná no ano de 1951, tendo trabalhado muito para a criação de uma Estação de Estudos do Mar. A partir de seus estudos em Insecta, Hymenoptera, mais particularmente abelhas, fundou o que se tornou a terceira maior coleção de insetos do País e a qual leva seu nome: Coleção Entomológica Pe. Jesus Santiago Moure. O acervo dessa coleção conta com aproximadamente cinco milhões de insetos representantes principalmente das ordens Coleóptera (besouros), Diptera (moscas e mosquitos), Hemíptera (cigarras, cigarrinhas e afídeos), Hymenoptera (abelhas, vespas e formigas) e Lepidóptera (borboletas e mariposas).
Gerdt Hatschbach iniciou seus estudos em 1942. É o grande responsável pelo acervo atual do Museu Botânico Municipal de Curitiba (MBM) considerado um dos maiores herbários do Brasil e o maior da flora paranaense. Seu acervo é formado por uma coleção devidamente identificada, catalogada e conservada com aproximadamente 320.000 exsicatas, além de coleções de amostras de madeira (xiloteca) e de frutos (carpoteca).
Além do MBM, o Paraná conta com mais sete herbários registrados no Index Herbariorum, totalizando cerca de 424.000 exsicatas (dados da Rede Brasileira de Herbário, Sociedade Botânica do Brasil), lembrando que não são todos os registros de materiais oriundos de municípios paranaenses, pois as coleções também incorporam material proveniente de outras localidades. Os outros dois maiores herbários do estado são os da Universidade Estadual de Londrina e Federal do Paraná (UPCB), com coleções ao redor de 40.000 amostras/cada. Também na Universidade Estadual de Londrina estão depositadas coleções zoológicas de grande importância principalmente no que se refere à fauna regional, do noroeste do Estado do Paraná e que participam do atual projeto.
Entre as etapas de desenvolvimento estão incluídas a organização do material das coleções, da infra-estrutura de apoio e das informações a serem disponibilizadas via Internet. A digitalização dos dados das coleções, ou a captura e passagem dos dados das etiquetas de cada exemplar biológico para um sistema de armazenamento em computador, é o passo inicial essencial para tornar a imensa quantidade de informações das coleções acessíveis e passíveis de ser transformadas em produtos úteis para a sociedade.
Confira a programação:
16:00 – Reitor da Universidade Federal do Paraná/Vice-Reitora e Diretor do Setor de Ciências Biológicas.
16:15 – Políticas públicas para as Coleções Biológicas.
Ione Egler (Coordenação de Biodiversidade/Ministério da Ciência e Tecnologia);
Secretaria do Estado de Ciência e Tecnologia/Fundação Araucária/Fundo Paraná.
16:45 – Apresentação do Projeto TaxonLine – Rede Paranaense de Coleções Biológicas – Luciane Marinoni (Coordenadora/Departamento de Zoologia/UFPR)
17:00 – Apresentação do Programa SpeciesLink – Vanderlei Perez Canhos/Dora Ann Lange Canhos (Centro de Referência em Informações Ambientais – CRIA).
17:15 – Visita à Coleção Entomológica Pe. Jesus Santiago Moure (DZUP) e Herbário do Departamento de Botânica (UPCB).
Fonte: Leticia Hoshiguti
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