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Programa de Recursos Humanos para a área de petróleo e gás é destaque na UFPR

28 outubro, 2006
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Participam os departamentos de Engenharia Mecânica e Engenharia Química, além do PIPE – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais, do PGMEC – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e do PPGMNE – Programa de Pós-Graduação em Métodos Numéricos para Engenharia. A idéia é verificar com as empresas do setor quais as demandas em termos de mão-de-obra especializada e já formá-la na universidade preparada para atendê-las.

A ANP entra com o pagamento das bolsas e taxas de bancada. A UFPR com toda a estrutura e professores para a formação dos alunos em três áreas de atuação: Refino, Novos Materiais e Monitoramento da Qualidade de Combustíveis. Do total de formados no programa, todos são empregados, sendo mais de 50% deles em empresas do setor P&GN – Petróleo e Gás Natural.

“Entramos na segunda chamada do programa, que teve início em 1999”, conta o professor Haroldo de Araújo Ponte, coordenador do prh24.”Hoje temos 14 bolsas de Iniciação Científica, cinco de mestrado e quatro de doutorado, com orçamento já aprovado para o ano de 2007 para mais 11 bolsas de iniciação, quatro de mestrado e duas de doutorado, graças a nossa boa avaliação no programa, feita anualmente com o envio de relatórios de atividades à ANP.”

EMPREGABILIDADE – Ponte explica que um dos principais critérios de avaliação da Agência é a questão da empregabilidade. Na UFPR, o prh24 tem conseguido colocar 100% de seus alunos no mercado, hoje 70% deles no setor de petróleo e gás. “E é essa última porcentagem que conta”, acrescenta. “Estamos no primeiro grupo ao lado de universidades como a UFRJ e a UNICAMP.”

Só o Rio de Janeiro tem sete programas. O Paraná tem dois, um na UFPR e outro na UTFPR. Os recursos para a manutenção vêm dos chamados Fundos Setoriais do Governo Federal. “A demanda de engenheiros para as áreas de petróleo e gás, estimada para os próximos quatro anos, é de mais de seis mil profissionais”, contabiliza Ponte. “E nem mesmo com o programa é possível formar tantos. Por isso quem se forma tem emprego garantido. O CNPq sempre atuou mais na área da pesquisa. Por isso foi criado o PRH com foco mais voltado para a indústria. Parte dos recursos vem dos royalties da Petrobrás.”

Os alunos têm um módulo de disciplinas específicas e depois partem para pesquisas direcionadas para as áreas de demanda do setor. Há a emissão de um certificado pelo PRH que é reconhecido pelas empresas. O Programa de Recursos Humanos da ANP é o único do País voltado para o setor de petróleo e gás.

“Depois de formados, precisamos acompanhar esses alunos por um prazo de até três anos no mercado de trabalho”, conta o coordenador do prh24. “A ANP disponibiliza o currículo e o perfil deles para as empresas que, muitas vezes, vêm até as universidades antes mesmo que eles concluam o programa para buscá-los.”

PESQUISAS – As pesquisas desenvolvidas na UFPR são diversas, muitas delas voltadas não só para a melhoria da produção nas empresas de P&GN, mas também para a questão ambiental. Um exemplo é o da pesquisa que visa remediar catalisadores e solos contaminados pelos resíduos do petróleo. “Os catalisadores do petróleo adsorvem muitos metais”, explica Ponte. “Depois que o petróleo é processado, sobram resíduos orgânicos que são dispostos no solo para que bactérias o degradem. Entretanto, os metais acabam ficando no solo. O que estamos pesquisando é o uso de campos elétricos para a retirada desses metais que podem inclusive ser aproveitados por outras indústrias.”

Outros trabalhos de alunos do programa pesquisam o monitoramento de corrosão nos dutos e equipamentos, através do desenvolvimento de sensores de corrosão cada vez mais sofisticados, e revestimentos metálicos que justamente garantam um menor desgaste. Numa área mais aplicada ao produto final, o programa também apóia o LACAUT – Laboratório de Análise de Combustíveis Automotivos, que verifica com marcadores o chamado “DNA” dos combustíveis, garantindo a boa qualidade da gasolina aos consumidores finais (www.lacaut.ufpr.br).

CURSO TÉCNICO PARA OS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO

Ainda no início de 2001, professores integrantes do prh24, coordenados pelo professor José Viriato Coelho Vargas – também o primeiro coordenador do prh24 na UFPR – criaram um programa de formação de técnicos operadores de petróleo a ser cursado em paralelo com o Ensino Médio.

Mantido na Escola Técnica da UFPR, o curso não recebe o apoio oficial da ANP, mas sim do prh24, devido à interação existente entre os trabalhos de formação e pesquisa e a formação de técnicos na área, hoje uma grande demanda das empresas.

O curso técnico funciona em um convênio da UFPR com a SEED – Secretaria Estadual de Educação e a PMAT – Prefeitura de Almirante Tamandaré, onde foi escolhido um colégio de ensino médio da rede pública para a formação da primeira turma. São 450 horas/aula acrescidas na carga horária do ensino médio. Os professores são docentes voluntários do prh24.As aulas acontecem todas as sextas-feiras nos laboratórios da universidade, ministradas aos alunos de Almirante Tamandaré que são trazidos em um ônibus fornecido pela PMAT. A primeira turma foi formada em 2003.

ALGUNS DOS LABORATÓRIOS E SERVIÇOS LIGADOS AO PRH24

•GEA – Grupo de Eletroquímica Aplicada

•Grupo de Materiais Poliméricos

•Laboratório de Tecnologia em Pós e Plasma

•LAMATS – Laboratórios Integrados de Materiais e Tratamentos Superficiais

•GECT – Grupo de Energia e Ciências Térmicas

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Haroldo Ponte
Foto: Divulgação

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Fonte: Vivian de Albuquerque

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