Como as vacinas se tornaram um importante meio de combater doenças? Como o organismo reage a um corpo estranho? Os produtos antibacterianos fazem bem à saúde? Essas foram algumas perguntas respondidas na oficina “Seres diminutos e a saúde”, uma ação do projeto de extensão Ciência Interativa. A atividade aconteceu no departamento de Biologia Celular, no dia 31 de maio, envolvendo mais de 40 professores da rede municipal de Curitiba.
A professora Flávia Sant’anna Rios, coordenadora do projeto, explica que os conteúdos sobre saúde e higiene foram uma solicitação da Secretaria Municipal de Educação e que a oficina trouxe ideias de como abordar tais temas em sala de aula. “Nosso foco está muito mais nos recursos didáticos que nos conteúdos em si, mas é claro que sempre aproveitamos para auxiliar os professores, sanando dúvidas com relação aos assuntos abordados”.
De forma lúdica, estudantes de Ciências Biológicas montaram um teatro de fantoches para mostrar a relação dos micro-organismos com a saúde humana. A equipe destacou as que causam doenças, mas também os que convivem harmonicamente e contribuem para o bom funcionamento de organismo humano.
Os professores também realizaram experimentos com crescimento de fungos e observação de bactérias pelo microscópio. “Até durante o intervalo aproveitamos para aprender sobre bactérias e fungos presentes nos alimentos, como pão, queijo, iogurte, leite fermentado e kombucha”, exemplifica Flávia.
As professoras de ensino fundamental, Juliana Brungari e Daniella Caldeira, já participaram de outras oficinas do projeto e explicam que, para as crianças, o conteúdo é dado no tempo e na forma adequados a cada faixa etária. “A linguagem que eu tenho com o quarto ano não é a mesma do primeiro ou segundo. Dependendo da abordagem, a criança consegue visualizar no seu cotidiano”, relata Juliana.
Daniella afirma que as oficinas promovem o conhecimento prático para o ensino de ciências. “Nós temos a teoria dos livros, mas não a prática. Esse pensar que a gente tem aqui na universidade vai muito além do que já tivemos, por exemplo, na Pedagogia”, enfatiza.
A coordenadora do projeto destaca a interação entre os docentes e alunos da UFPR com os professores de ensino fundamental. “No momento da oficina os professores trazem suas experiências de sala de aula, nós levamos as contribuições da ciência e nossos estudantes de graduação, que participaram ativamente de todas as etapas, podem ter a prática de iniciação à docência”, diz Flávia.
A próxima ação prevista do projeto é uma oficina de histologia para professores do ensino médio, com data a definir no segundo semestre. Em breve, o projeto também ofertará uma oficina de embriologia, também a pedido dos professores da rede municipal.
Professoras e estudantes de Ciências Biológicas organizam as oficinas do projeto “Ciência Interativa”. Foto: Arquivo pessoal.
Sobre o Ciência Interativa
O projeto “Ciência Interativa” existe desde 2017 e promove a discussão e a prática pedagógica dos professores e licenciandos de Ciências e Biologia.
Em oficinas de formação, professores e alunos do curso de Ciências Biológicas da UFPR produzem materiais interativos que contribuem com o processo ensino-aprendizagem e com o desenvolvimento e a aplicação de jogos e modelos didáticos para o ensino fundamental.
Os cursos de formação de professores abordam aspectos do organismo humano, envolvendo conhecimentos de Anatomia, Fisiologia, Embriologia, Histologia e Biologia Celular. Com isso, a equipe do projeto pretende formar professores atuantes nas áreas de saúde e ambiental com visão crítica, criativa e inovadora.
Por João Cubas, sob supervisão de Aline França.
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