A sessão solene da Assembleia Legislativa do Paraná realizada nesta quarta-feira (21) prestou homenagem aos 150 anos da imigração italiana ao Brasil. No evento, receberam homenagem os professores Luiz Ernani Fritoli e Paoletta Santoro, ambos da área de italiano do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (Delem) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A honra foi motivada por desenvolverem excelente trabalho em prol da difusão da língua, cultura e literatura italiana e representar a cultura italiana no Paraná.
Fritoli atua na UFPR, desde 1995, com didática da língua italiana, italianística, literatura italiana e didática do ensino de língua estrangeira moderna. Santoro, além de docente da universidade desde 2016, é leitora do Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Itália (MAECI).
Outros importantes nomes também receberam menção como personalidades que colaboraram com o fortalecimento das relações entre Itália e Paraná, entre eles o vice-governador do Paraná e atual governador em exercício, Darci Piana; a cônsul-geral da Itália no Paraná e Santa Catarina, Eugênia Tiziana Berti; e o representante do Comitê da Presidência do Conselho Geral dos Italianos no Exterior, Walter Petruzziello.
História
O Paraná tem cerca de 3,7 milhões de descendentes de imigrantes italianos, que representam 37% da população do estado. Estes números colocam o estado em segundo lugar no Brasil, em número de descendentes, atrás apenas de São Paulo, que possui cerca de 13 milhões.
O dia 21 de fevereiro é celebrado, conforme institui a Lei federal nº 11.687 de 2 de junho de 2008, como o “Dia Nacional do Imigrante Italiano no Brasil”. No Paraná, a mesma data é comemorada como o “Dia Estadual do Imigrante Italiano no Paraná”, a partir da promulgação da Lei estadual nº 19.416 de 01 de março de 2018. A data faz referência à chegada do navio “La Sofia”, em 1874, com quase 400 italianos. Entre 1874 e 1889 vieram ao Brasil mais de 320 mil italianos, que deixaram herança por todo o país.
Os primeiros italianos a imigrar para o Paraná foram os vênetos, a partir de 1875, alocados em colônias próximas à cidade de Paranaguá, nas regiões de Morretes e Antonina. Em 1900, mais de trinta mil italianos já viviam no estado, espalhados por 14 colônias etnicamente italianas e outras 20 mistas.
As maiores colônias prosperaram na Região Metropolitana de Curitiba, sendo o município de Colombo a maior do Paraná. A Colônia Alfredo Chaves (que posteriormente se tornaria a cidade de Colombo) foi uma das quatro onde se concentraram os primeiros italianos que chegaram ao estado. As outras foram a Senador Dantas (que deu origem ao bairro curitibano Água Verde), a Santa Felicidade (atual polo gastronômico da capital paranaense) e a Colônia de Santa Maria do Tirol, localizada no município de Piraquara, na grande Curitiba.
Outras cidades, além de municípios da microrregião de Paranaguá e da capital, receberam imigrantes italianos: cidades da região metropolitana de Curitiba, como São José dos Pinhais, Araucária, Campo Largo, Piraquara, Cerro Azul e Colombo. No interior do estado, a região norte tem muito dessa herança, que pode ser observada até mesmo no famoso vocábulo “terra roxa” utilizado pelos moradores, que é oriundo da confusão com a língua italiana sobre a cor vermelha, “terra rossa” em italiano.
No início, a maior parte dos imigrantes trabalhou como colonos autônomos, porém, com o desenvolvimento do café, passaram a compor a mão de obra da região. Com o passar do tempo, eles adotaram outras atividades, incluindo industriais e comerciais.
Com informações da Alep
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