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Professores da UFPR participam da estruturação da Rede Paranaense de Proteínas Alternativas

13 agosto, 2021
17:12
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UFPR

A carne celular é feita em laboratório com células de animas, que não precisam ser abatidos. Foto: BlueNalu/Divulgação.

A Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), do governo estadual, lança a estruturação da Rede Paranaense de Proteínas Alternativas (RPPA). Um grupo de trabalho foi criado para idealizar a Rede, que vai consolidar a pesquisa, o ensino e a produção desses novos tipos de proteínas no estado.

O objetivo é que o Paraná possa se transformar em um grande produtor do ramo, desenvolvendo uma nova indústria de produção de proteína sem sofrimento animal.  “É uma indústria de importância crescente, que tende a ter uma relevância no mercado local, estadual, nacional e – principalmente – no mercado global. Essa indústria é importante para o Brasil, se nosso país desejar manter a sua posição de grande produtor de alimentos de origem animal”, afirma a professora Carla Molento, do Laboratório de Bem-estar Animal (LABEA) da UFPR e uma das integrantes do grupo de trabalho.

Proteínas alternativas

As proteínas alternativas são opções às proteínas de origem animal convencionais. No entanto, não causam a morte nem o sofrimento dos bichos durante o processo de produção. Existem três tipos de proteínas alternativas: por multiplicação de células animais em biorreatores (como é o caso da carne celular), as proteínas obtidas por fermentação de precisão (o leite celular é feito a partir da caseína de vaca e ovo a partir da albumina, resultando em proteínas idênticas àquelas dos ovos e leite convencionais) e as proteínas vegetais (carnes, ovo e leite vegetais, produzidos com moléculas exclusivamente de plantas combinadas de forma a simular o sabor e o aspecto dos produtos convencionais).

De acordo com a professora Molento, a UFPR tem assumido um papel de liderança nas pesquisas em proteínas alternativas. A universidade conta com pesquisas científicas na área, com a única disciplina de Zootecnia Celular da América do Sul e com cursos de extensão realizados frequentemente, que divulgam o tema para os profissionais da área e para a comunidade em geral. A UFPR conta com o maior número de publicações científicas sobre o assunto no Brasil e na América do Sul,  em revistas internacionais de alto fator de impacto (veja alguns links no fim da reportagem).

Grupo de trabalho

O grupo de trabalho é formado por quatro professores da Universidade Federal do Paraná: Carla Forte Maiolino Molento, do Setor de Ciências Agrárias, Germano Glufke Reis, da Escola de Administração, Carlos Ricardo Soccol, do Setor de Biotecnologia, e Renata Bachin Mazzini Guedes, do Campus de Jandaia do Sul. Cada docente representa uma área do conhecimento dentro da UFPR, formando um grupo transdisciplinar para trabalhar com ensino, pesquisa e extensão com carne celular e outras proteínas alternativas. As professoras Renata Freitas de Macedo, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), e Paula Toshimi Matumoto Pintro, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), completam a equipe, que é coordenada pelo professor Luis Paulo Gomes Mascarenhas.

“Nós estamos com várias iniciativas. Uma delas visa aproveitar que o Paraná tem uma Rota de Biotecnologia bem definida, que prevê o apoio à agricultura celular para o estado. A ideia foi criar essa Rede que reunirá várias instituições paranaenses para facilitar o desenvolvimento das proteínas alternativas na região, incluindo pesquisa, desenvolvimento de produtos, ensino, extensão e divulgação”, explica a professora.

O grupo tem um prazo de 90 dias para concluir o trabalho e formar a Rede Paranaense de Proteínas Alternativas.

Trabalhos científicos

Os links abaixo trazem os resultados de algumas das pesquisas desenvolvidas na UFPR sobre proteínas alternativas.

https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0221129

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0160791X19307183?via%3Dihub

https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2020.01824/full

https://doi.org/10.3390/ani10091678

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