O professor Marcelo Conrado, do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPR, foi um dos vinte artistas paranaenses ou ligados ao estado convidados para fazer uma imersão no gigantesco acervo do pelo Museu Oscar Niemeyer (MON). O objetivo era que o grupo se envolvesse com as obras e as trouxesse para o público a partir de um novo olhar.
Os artistas convidados usaram o próprio repertório, bagagem e experiências para entrar em contato com as obras do acervo, o coração do museu. Foi a partir da tradução das sensações e dos sentimentos provocados por esta relação que foram criadas 22 composições, sendo uma de cada convidado e as outras feitas pelos próprios curadores. O resultado é uma revisita às coleções do MON, um novo passeio pela história da arte.
All red, read all
O professor Marcelo Conrado decidiu, em sua releitura, reunir três eixos do MON: artes visuais, arquitetura e design, além de somar a literatura. “A primeira obra a ser escolhida foi a Escada Caracol, do arquiteto paranaense Vilanova Artigas (…). Tem ainda uma escultura de parede do Emanoel Araújo, que também dialoga com as questões espaciais da proposta. O título da obra do Emanoel é Máscara, o que é muito simbólico para nós. Escolhi também uma pintura do Cabelo, que pertence ao acervo das obras apreendidas pela Operação Lava Jato. Essa pintura é gestual, portanto, aproxima-se da linguagem das pinturas a que eu me dedico. Há, ainda, um objeto de design da coleção Asiática do MON. Ao lado de todas essas estas obras há uma fotografia de minha autoria, que é do Muro do México, construído para impedir a passagem de imigrantes ilegais. Sobrepondo essa imagem há uma frase: Do outro lado tem o lugar do outro”, resume o professor.
A obra “All red, read all”, do professor Marcelo Conrado, reuniu peças de design, artes visuais, arquitetura e literatura. É uma experiência sensorial para o visitante. Foto: André Nacli.
A obra “All red, read all”, criada por Marcelo, quer promover uma experiência sensorial nos visitantes. “A relação com a literatura apareceu porque minhas obras de fotografia são textos/imagens. Como a palavra escrita já estava incorporada no meu processo de criação, veio a literatura. São vários títulos, todos com capa vermelha. O público poderá participar da obra doando um livro que será exposto e depois destinado para pessoas em situação de vulnerabilidade. Também acontecerão rodas de leituras, mediadas por uma ex-aluna de graduação e de pós-graduação da UFPR, a Maria Ângela Marques, que é experiente na metodologia de ler ‘com o outro’, finaliza.
Artistas convidados
Além do professor da UFPR, também participaram da construção da mostra os artistas André Azevedo, André Nacli, Cleverson Oliveira, Constance Pinheiro, Daniela Busarello, Eliane Prolik, Fernando Canalli, Gustavo Caboco, Juan Parada, Hugo Mendes, Juliane Fuganti, Marcelo Stefanovicz, Maya Weishof, Rogério Ghomes, Tatiana Stropp, Tom Lisboa, Tony Camargo, Washington Silvera e Willian Santos.
Afinidades
A exposição “Afinidades”, fica em cartaz até 27 de fevereiro, na sala 7 do museu, com curadoria de Marc Pottier e de Juliana Vosnika, diretora-presidente do MON.
O museu Oscar Niemeyer é considerado o maior de arte da América Latina. Conta com 35 mil metros de área total e com 9 mil obras de artes visuais, arquitetura e design. O MON foi inaugurado em 2002.
A entrada é gratuita para maiores de 60 anos e menores de 12. O museu fica na Rua Marechal Hermes, 999, em Curitiba.
Saiba mais sobre o museu clicando aqui www.museuoscarniemeyer.org.br.
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