Pela segunda vez em 40 anos a UFPR tem um representante na Sociedade Brasileira de Química, entidade de reconhecimento internacional com quatro mil associados. O professor Aldo Zarbin, do Departamento de Química, assumiu na quinta-feira (02), em Goiânia, a presidência da Sociedade Brasileira de Química. Na vice-presidência assume a professora Marília Goulart, do Instituto de Química e Biotecnologia da Universidade Federal de Alagoas. O primeiro pesquisador da UFPR a presidir a entidade foi o professor Antônio Mangrich, da área de Química Inorgânica.
De acordo com o novo presidente, entre as metas para os próximos dois anos,está a ampliação do número de sócios, a manutenção do sistema nacional de tecnologia, o apoio a novos projetos de pesquisa e a ampliação das parcerias internacionais. A Sociedade Brasileira de Química tem acordos com sociedades de química de Inglaterra, Alemanha, França, entre outros países. Também edita quatro periódicos internacionais, entre os quais o conceituado Jornal off the Brazilian Chemical Society.
Caberá ao professor Aldo Zarbin coordenar o Congresso Mundial de Química, que será entre os dias 9 e 14 de julho de 2017, em São Paulo, o evento mais importante da entidade. São esperados seis mil pesquisadores, estudantes e professores de Química, de vários países, num evento em parceria com a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC).
Aldo Zarbin, doutor em Química pela Unicamp, lidera na UFPR o grupo de pesquisas em Química de Materiais e atua na revisão e edição de revistas científicas na área. É também integrante do Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanomateriais de Carbono. Na pesquisa, as principais linhas de estudos estão relacionadas à síntese e caracterização de materiais em escala nanométrica, como nanotubos, grafeno, nanopartículas metálicas, vidros porosos e polímeros condutores. Estuda a aplicação destes nanomateriais em sensores, dispositivos fotovoltaicos, baterias, capacitores e catalisadores. Para a UFPR, a eleição de um pesquisador da instituição a esse cargo de relevância na comunidade científica, representa um reconhecimento, destaca a coordenadora de pesquisas, Graciela Bolzon de Muniz.