Uma iniciativa conjunta entre a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) e a direção do Campus Toledo visa incentivar a capacitação do corpo docente do curso de Medicina, composto por 37 professores – oito doutores, dez mestres e 19 especialistas. A previsão é de que a equipe receba novos profissionais concursados no início de 2019. Técnicos-administrativos interessados também podem participar do projeto de qualificação.
“Percebemos, ao longo dos semestres, uma grande vontade por parte dos nossos professores e também a necessidade e importância institucional de aprofundamento na vida acadêmica por meio de pós-graduação stricto sensu. Lamentavelmente, a oferta dessas pós-graduações para a área médica é escassa na região. A direção do campus solicitou apoio à PRPPG para viabilizar o contato dos nossos professores com os programas da área médica que já se encontram consolidados em Curitiba”, afirma a diretora do Campus Toledo, professora Cristina de Oliveira Rodrigues.
A prerrogativa da Resolução nº 3217 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFPR – que estabelece um percentual mínimo de 5% das vagas dos programas de pós-graduação stricto sensu para servidores da Universidade – norteou a primeira conversa entre representantes da PRPPG e da direção do campus. O encontro foi realizado em Curitiba no início do segundo semestre deste ano. “Apesar de estarem resguardados pela resolução, os professores e técnicos-administrativos de Toledo ainda teriam uma dificuldade operacional de ingressar nos cursos. Fizemos uma longa e demorada conversa com os coordenadores das áreas da Medicina aqui em Curitiba e conseguimos sensibilizá-los para que pudessem fazer uma extensão das suas atividades ao campus da região oeste para qualificar esses profissionais”, explica o coordenador de Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor André Luiz Felix Rodacki.
Para a coordenador, essa é uma ação de três vias, com disciplinas transversais, créditos em Toledo e créditos em Curitiba. Por meio de disciplinas transversais, docentes e técnicos poderão assistir, em tempo real e remotamente, a aulas que são ofertadas para todos os cursos de pós-graduação da UFPR. “Um número de créditos, muitos deles vão cursar se deslocando a Curitiba. Em alguns casos, professores daqui vão ministrar módulos de forma condensada – que nós chamamos de compactos – lá em Toledo. Existe aí um trânsito, vamos dizer assim, de idas e vindas das duas partes, para fazer um processo muito bem conduzido de qualificação desses profissionais”. A necessidade de deslocamento será ditada pela natureza dos projetos de pesquisa. “Alguns deles envolvem o que podemos chamar de uma natureza laboratorial, uma natureza de bancada, com insumos e equipamentos de alta complexidade que são disponibilizados em Curitiba. Nesses casos, demanda-se que o aluno – no caso o professor ou o técnico – se desloque até a capital. Em alguns casos, essa demanda é menor, reduzida ou até desnecessária”, pontua
André destaca a importância da qualificação dos professores para futuras pesquisas, para o avanço do conhecimento e para o desenvolvimento da cidade. “Até mesmo para a abertura, futuramente, de um programa de pós-graduação naquela região, o que é muito importante, porque, em algum momento, vamos formar um número grande de médicos. Isso estimula os professores ao desenvolvimento de pesquisas, o que é fundamental para resolver vários problemas, tanto na área médica nos aspectos clínicos quanto nos aspectos de saúde coletiva”. Um dos desafios de implementar cursos de Medicina em cidades do interior é a formação do grupo de professores, avalia Cristina. “Os médicos dessas regiões, em sua maioria, seguiram suas carreiras voltadas para o mercado de trabalho e não para a academia. Essa estratégia tem uma importância ímpar para o campus, não só pela oportunidade de qualificação docente, mas também para melhorar os indicativos do curso de Medicina de Toledo junto ao Ministério da Educação”, observa Cristina.
Os programas de pós-graduação em Medicina (Clínica Cirúrgica), Saúde da Criança e do Adolescente, Saúde Coletiva e Medicina Interna e Ciências da Saúde participam do projeto. A ação, frisa André, não implica ingresso automático nos cursos. Até o momento, um técnico-administrativo e 13 professores manifestaram interesse pela proposta de qualificação. “É importante a demanda individual das pessoas que estão engajadas, inclusive nas áreas administrativas, para que se sintam inseridas na possibilidade de se pós-graduar. Vamos ajudar no melhor sentido possível a propositura de titulação dessas pessoas. Apesar dos 5%, aplicam-se aos membros da Universidade, tanto aos técnicos-administrativos quanto aos professores, as mesmas exigências de qualquer outro candidato. Os programas credenciados pelo MEC tem um nível a manter ou mesmo elevar”, afirma o vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica, professor Jorge Eduardo Fouto Matias. “Vamos monitorar para que esse entendimento entre as partes realmente funcione e que eles possam ser amplificados. Em algum outro momento, poderemos considerar esse mesmo tipo de ação para outros profissionais de outras áreas do conhecimento”, complementa o coordenador da PRPPG.
Na última semana de novembro, os coordenadores dos programas de pós-graduação das áreas da Medicina iniciaram os contatos com a direção do campus para que os interessados apresentem suas intenções de pesquisa ou ideias gerais dos projetos. “Atualmente estamos procurando alinhar propostas de pesquisa dos professores de Toledo com as linhas de pesquisas das pós-graduações de Curitiba para que, na sequência, os professores se submetam aos editais do próximo ano”, informa a diretora.
O curso de Medicina do Campus Toledo iniciou suas atividades em 2016. O curso finaliza seu sexto semestre com 180 alunos. Integral e com duração de seis anos, oferta, anualmente, 60 vagas por meio do Vestibular da UFPR. A matriz curricular é estruturada em dois ciclos: Ciclo Educacional – do 1º ao 8º período – e Ciclo de Estágios – do 8º ao 12º período -, com os estágios em Medicina Geral da Família e Comunidade; Clínica Médica; Saúde da Criança e do Adolescente; Urgências e Emergências e Clínica Cirúrgica, além de oportunidades de aprendizado em áreas optativas. Mais informações aqui.
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