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Pioneira no Brasil, Unidade de Apoio às Publicações Científicas alavanca indexação internacional de revistas da UFPR

14 maio, 2018
12:56
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Ciência e Tecnologia

A UFPR está desenvolvendo uma nova iniciativa, pioneira no Brasil entre as instituições de ensino superior, que garante todo o suporte técnico para a indexação e qualificação internacional de revistas científicas editadas pela Universidade: a Unidade de Apoio às Publicações Científicas Periódicas.

A Unidade é um plano da Reitoria executado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) que começou a ser desenvolvido em 2017 e já possibilitou o aprimoramento da qualificação de duas publicações científicas editadas por professores da UFPR: as Revistas Desenvolvimento Ambiental-DMA (indexada na base de dados Scopus) e a Cogitare Enfermagem (indexada na base Cinahl).

Os professores José Milton Andriguetto Filho (da revista Desenvolvimento Meio Ambiente) e Luciana Puchalski Kalinke (da revista Cogitare Enfermagem): reconhecimento internacional. Fotos: Nicolle Schumacher

Na prática, a nova unidade evidencia a qualidade das publicações e amplia a projeção e o conceito positivo da própria UFPR na comunidade científica internacional – uma das metas da atual gestão da Reitoria. A Universidade tem mais de 60 revistas ligadas a programas de pós-graduação e a grupos de pesquisa. Deste total, 47 são indexadas e reconhecidas nas suas áreas de conhecimento.

Motivo de orgulho

Mendonça: “O fato de as duas revistas terem sido reconhecidas por instituições como estas é motivo de muito orgulho. Temos que parabenizar as equipes que produzem as revistas, mesmo com recursos mínimos, e reconhecer seu papel no campo da produção do conhecimento”

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Francisco de Assis Mendonça, destacou o papel importante que as revistas científicas cumprem na UFPR e elogiou a conquista da DMA e da Cogitare. “Elas tornam público o que a Universidade tem de produção cotidiana do conhecimento”, disse. “O fato de as duas revistas terem sido reconhecidas por instituições como estas é motivo de muito orgulho. Temos que parabenizar as equipes que produzem as revistas, mesmo com recursos mínimos, e reconhecer seu papel no campo da produção do conhecimento”.

Mendonça disse que o sucesso do projeto resulta do trabalho que a PRPPG e a Reitoria desenvolvem desde o início da gestão, que inclui um grande investimento na produção e na divulgação do saber. “Claro que, antes, havia apoio às revistas científicas da UFPR, que existem há décadas. Mas, durante um período, faltou um apoio institucional necessário e direcionado a elas. O apoio estava pulverizado e precisava de um suporte institucionalizado. A nossa gestão está dando este suporte agora, com a nova unidade, que está sendo coordenada por uma bibliotecária que tem grande conhecimento internacional neste campo”.

As ações da Reitoria e da PRPPG alinham-se com as políticas institucionais de propiciar uma estrutura adequada para que a Universidade possa atingir metas de excelência nacional e aumentar sua visibilidade internacional. As conquistas com melhores indexações das revistas da UFPR permitem que a Universidade seja projetada internacionalmente.

A Unidade

O objetivo da Unidade de Apoio às Publicações Científicas Periódicas é dar suporte aos editores dos periódicos científicos da UFPR, que estão abrigados dentro do próprio repositório da Universidade e em bases indexadoras internacionais. Eles têm uma grande demanda para a contratação de serviços de editoração eletrônica, indexação das publicações e suporte operacional na fase de edição, publicação e pós-publicação dos artigos. Até a criação da nova unidade, porém, estes serviços eram contratados externamente à UFPR.

Agora, todos estes prestadores de serviços serão disponibilizados pela própria Unidade de Apoio às Publicações Científicas Periódicas. Ela é formada por um grupo multidisciplinar composto por profissionais das áreas de Letras, Biblioteconomia,  Tecnologia da Informação, Administração, Tecnologia da Informação e outras para dar todo o suporte necessário aos editores.

Estes profissionais atuam em cinco grupos: Biblioteconomia e Gestão da Informação, Curadoria Digital (para a manutenção e preservação dos dados), Capacitação, Financeira e Editoração (a maior demanda, que envolve os serviços de revisão, tradução e diagramação dos artigos). A unidade também oferece atendimento de incubadora a publicações novas ou ainda em processo de desenvolvimento.

A chefe da Unidade de Apoio às Publicações Científicas Periódicas, a bibliotecária Vivian Castro Ockner, disse que o trabalho dos editores agora será simplificado. “Com a nova unidade, o trabalho dos editores será feito com mais eficiência. O trabalho de editoração e indexação será todo feito aqui. O editor não vai precisar mais se preocupar com isso”.

DMA

A Revista Desenvolvimento Meio Ambiente (DMA) foi indexada na base de dados Scopus – a maior do gênero no mundo. Em média, a cada ano, apenas 16% das publicações que solicitam a indexação são aceitas pelo Scopus. Nesta avaliação, são considerados indicadores relevantes, como o número de artigos, citações da revista feitas por cientistas, o número de visualizações, a qualidade científica dos artigos, das ilustrações e da editoração eletrônica e até o currículo dos editores.

A DMA circula exclusivamente no meio digital. São três edições por ano (em abril, agosto e dezembro), mais edições temáticas especiais. Em cada uma delas, são veiculados cerca de 20 artigos de cientistas de vários países, sobretudo de nações de Língua Espanhola e Portuguesa. Editada em Português com títulos e resumos em Inglês, a revista recebe cerca de 250 visitantes por dia. Andriguetto planeja, agora, veicular a revista em Português e Inglês, ampliando ainda mais seu alcance e sua visibilidade junto à comunidade científica internacional.

A DMA tem como editores-chefe o professor-doutor José Milton Andriguetto Filho (do Departamento de Zootecnia) e a professora-doutora Angela Ferreira (já aposentada, que atuava no Departamento de Ciências Sociais). Andriguetto destaca a conquista. “Era um sonho antigo que tínhamos porque não é muito fácil atingir esta posição. Além disso, com esta conquista, poderemos ainda ser candidatos a reivindicar recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para a revista”, comentou.

Cogitare Enfermagem

A Revista Cogitare Enfermagem tem como editora-científica a professora Luciana Puchalski Kalinke e foi indexada na base de dados Cinahl (do Canadá), especializada na área médica. Criada há 24 anos, a publicação é bilíngue (Português e Inglês) desde 2015, já é indexada na base de dados Qualis-Capes com a classificação B1 (a única no Paraná) e também veicula artigos nas áreas de Educação Física, Fisioterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Nutrição etc.

A Unidade de Apoio à Publicação a Periódicos Científicos já está ajudando a impulsionar a revista, que publica artigos de professores de todo o Brasil e do Exterior.  “Quando soubemos da presença dos técnicos da unidade, em 2017, já pedimos apoio. Com a presença e a ajuda deles, conseguimos avançar mais”, disse a professora. “Nós buscamos também a publicação de muitos artigos de professores de outros países. A ideia é que consigamos expandir isso. Por isso a importância de a revista estar indexada em bases internacionais, o que projeta a publicação e a própria UFPR”.

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